Consecitrus, a proposta da Associtrus



10/10/2013

Há quase 13 anos, a Associtrus aponta o Consecitrus como o caminho para uma nova organização da nossa cadeia produtiva no Brasil.

Temos condição de implementar, já para a próxima safra, um Consecitrus de transição com um modelo provisório de precificação e a negociação de regras para o reequilíbrio das forças entre indústria e produtores. No entanto, a falta de organização dos citricultores pode inviabilizar esse tão relevante objetivo.

O Consecitrus por nós idealizado pode ser construído mediante monitoramento do CADE. A proposta que apresentamos visa a restabelecer o equilíbrio de forças entre a indústria e os produtores, impedindo o abuso do poder de mercado por parte da indústria. O equilíbrio será buscado através de um modelo de precificação da laranja que assegure ao produtor uma participação na renda do setor, compatível com os custos e os riscos assumidos por cada um dos elos de toda a cadeia produtiva. A nossa proposta contempla também a limitação da verticalização, assegurando a participação do pequeno e médio produtor nessa cadeia de produção e aumentando a competitividade da citricultura brasileira no mercado mundial.

Propomos que o Consecitrus, além das questões relativas ao reequilíbrio das relações entre indústria e citricultores, busque a solução para os grandes desafios enfrentados pela nossa cadeia produtiva, como a questão fitossanitária, produtividade agrícola, custos, sem deixar de lado a busca da ampliação do mercado.

O Consecitrus deve ter uma estrutura profissional, enxuta, ágil e com recursos para executar suas funções.

Estamos diante da real possibilidade de uma grande mudança no nosso setor e não podemos desperdiçá-la; precisamos, mais do que nunca, do envolvimento e da mobilização dos citricultores para que haja uma reversão da situação que vem prevalecendo nos últimos 20 anos, em que a indústria se concentrou, se verticalizou e se apoderou da renda e do patrimônio do produtor.