Produtor sem contrato está recebendo mais pela fruta entregue à indústria

30/06/2006
Passados dois meses de negociações, produtores que têm contratos de fornecimento à indústria fechados em anos anteriores (entre US$ 2,80 e US$ 4,00/cx de 40,8 kg) ainda aguardam um posição das processadoras a respeito do pedido de renegociação dos valores. As negociações se estendem por dois meses. Enquanto isso, citricultores que não fecharam contratos com as processadoras estão recebendo entre R$ 8,50 (US$ 3,80) e R$ 10,00 (US$ 4,50) a caixa de 40,8 kg entregue no portão da indústria (sem contrato), segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Vale lembrar, contudo, que somente uma pequena parcela dos citricultores é beneficiada pelo aumento de preços da fruta posta na indústria (mercado spot). A maioria deles negocia a produção via contratos. O aumento dos preços da fruta entregue no portão em pleno início de temporada de processamento indica que as indústrias precisam de mais fruta neste ano, ainda que a produção paulista seja maior. “Isso em função dos preços mais altos do suco de laranja no mercado internacional”, explica Margarete Boteon, pesquisadora do Cepea. Na bolsa de mercadorias de Nova York (Nybot), as cotações da commodity encontram-se nos maiores níveis dos últimos 14 anos. Agentes do setor estimam que devem ser colhidas cerca de 340 milhões de caixas de 40,8 kg no estado de São Paulo nesta safra, sendo que 80% deste montante deve ser destinado à fabricação de suco. Mais informações podem ser obtidas com a pesquisadora Margarete Boteon, pelo Laboratório de Informação do CEPEA, nos telefones 19-3429-8836/ 8837 ou cepea@esalq.usp.br (Crédito: Cepea - Esalq)