Centro de Citricultura terá de erradicar 5 mil plantas infestadas com greening.

27/08/2007
Cerca de 5 mil plantas estão sendo retiradas do Centro Apta Sylvio Moreira de Cordeirópolis. O motivo da erradicação está ligado com o greening, doença considerada atualmente a maior praga da citricultura, que atingiu o banco ativo de germoplasma do centro. O trabalho de retirada foi feito por funcionários do centro e teve início na manhã de ontem. No local, um trator está arrancando os pés pela raiz, entre eles pés de laranja, tangerina e limão. O procedimento é a única forma de garantir que a doença não se espalhe para outras plantas. O grenning foi detectado em uma espécie de pomar-laboratório, usado como banco genético para reprodução das principais espécies economicamente importantes. Cerca de 500 plantas foram infectadas. O principal problema do greening é que a doença pode ficar mascarada. Por isso, cerca de 5 mil pés estão sendo retirados do Centro Apta, ligado ao Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Marcos Antonio Machado, diretor da instituição concedeu uma entrevista à Agência Estado. Durante a reportagem ele explicou que a única saída para preservar o restante do pomar é reproduzir e transferir as espécies para estufas, onde é impossível a entrada da Diaphorina citri, minúsculo inseto que transmite a bactéria causadora do greening. Para preservação do banco genético, segundo Machado, seria preciso fazer três cópias de ao menos 2,5 mil plantas, o que demandaria uma área de estufa com aproximadamente 5 mil metros quadrados. “Para isso, é preciso investimento do Estado de R$ 300 mil a R$ 400 mil”, calculou. Na mesma reportagem, o secretário da Agricultura de São Paulo, João Sampaio, garantiu que investirá na construção da estrutura necessária para preservar as espécies ameaçadas. “O governo assume que vai bancar o que for necessário, pois o centro é um patrimônio da nossa citricultura”, afirmou. O Centro Apta Sylvio Moreira é o único do Estado de São Paulo a emitir laudos técnicos para a diagnóstico da doença e também o principal pólo de pesquisa de citrus no País. DOENÇA A doença que foi descoberta em 2004, já matou mais de 2 milhões de pés em 120 cidades do Estado. Os principais sintomas são folhas mosqueadas, ramos amarelados, deformação, redução e queda de frutos, maturação irregular dos frutos, desfolha, seca e morte de ponteiros das árvores, manchas circulares verde-claras na casca do fruto, sementes abortadas e maior espessura da parte branca da casca. (LC) Jornalista: Gazeta de Limeira