Pensa apresenta resultados do “Rally da Citricultura” em Araraquara.

19/12/2007

Mudança na forma de contribuição é criticada por acontecer num momento inadequado e colocar em risco a manutenção do Fundo

 

 

Representantes de produtores, indústrias, associações, sindicatos e do Fundecitrus participaram ontem (18) de workshop promovido pelo Pensa, em Araraquara, para apresentar os resultados parciais do Rally da Citricultura. O evento também serviu para os pesquisadores ouvirem os comentários dos membros da cadeia citrícola sobre suas sugestões para operacionalizar o novo modelo de contribuição ao Fundecitrus.

Apesar do número reduzido de participantes, as colaborações foram consensuais quanto à mudança ocorrer num momento inoportuno, considerando os conflitos que envolvem o setor e a ameaça de doenças como o greening, e à desmotivação dos produtores em continuarem contribuindo com um órgão que não possui, em seu conselho, representantes autênticos dos produtores. “A diminuição da contribuição da indústria foi questionada e a sugestão de alteração do sistema de contribuição também não foi  aceita. O que os produtores querem é que haja uma reestruturação na gestão do Fundecitrus para que haja transparência total da arrecadação e aplicação dos gastos”, comenta o presidente da Associtrus, Flávio Viegas.

A mudança na forma de contribuição, que passará a ser feita por número de pés, de acordo com o novo estatuto, não foi aceita pela grande maioria dos produtores. Enquete divulgada no site da Associtrus comprova a reprovação dos citricultores: de 265 participantes, 74,34% não concordam em contribuir por número de pés de laranja.   

As observações feitas pelo público que prestigiou o workshop deverão constar do relatório final do Pensa a ser entregue ao Fundecitrus. “Acreditamos que eles considerarão os pontos abordados, principalmente, porque ninguém se manifestou contrário à eles. Mudar a forma de contribuição num momento tão delicado para o setor citrícola seria o mesmo que condenar o Fundecitrus à uma experiência com baixas expectativas de dar certo”, finaliza Viegas.

ASSOCITRUS