S?O PAULO - As exporta?es de suco integral pasteurizado (NFC, na sigla em ingl?s) cresceram 36,6% na ?ltima safra e garantiram o aumento de 3% da receita total do setor, que foi de US$ 1,86 bilh?o.
As vendas do suco fresco somaram 906 mil toneladas na safra 2007/2008 e ultrapassaram, em peso absoluto, as exporta?es do suco concentrado e congelado (FCOJ), cujas vendas recuaram 12,3% no per?odo, totalizando 893,35 mil toneladas. A queda ocorreu em raz?o do aumento da produ??o de laranja na Fl?rida, o que fez os Estados Unidos reduzir a compra do produto brasileiro.
"Como boa parte do NFC est? sendo destinada ao principal comprador do Pa?s, a Uni?o Europ?ia, o volume de embarque dele n?o foi comprometido", explica Margarete Boteon, pesquisadora do mercado de citros do Centro de Estudos Avan?ados em Economia Aplicada (Cepea).
Na avalia??o da especialista, o incremento nas vendas do NFC ? positivo pois trata-se de um produto mais valorizado e que atende a demanda de um mercado crescente. "O consumidor europeu tem demandado mais e isso ? bom porque ? um produto de maior valor agregado, o pre?o final ? quase o dobro do concentrado", diz.
Apesar de ter boas expectativas em rela??o aos pre?os para a pr?xima safra, Boteon destaca que a restri??o de mat?ria-prima pode limitar o mercado de suco fresco. "Em termos de pre?o o que se espera ? que o mercado spot seja at? maior, mas o alta das exporta?es do NFC vai depender do estoque de passagem da ind?stria e do quanto ela consegue processar" diz. "Nesse processo a industria pode comprar de outros mercados, fora do Estado de S?o Paulo, ou retirar o volume de parte das vendas dom?sticas", completou.
A Louys Dreyfus Commodities (LDC) ? uma das ind?strias de olho nesse mercado. Esse ano a empresa anunciou investimentos da ordem de R$ 550 milh?es at? 2012 para ingressar nas exporta?es de NFC. "A coordena??o na cadeia de exporta??o ? ainda mais crucial quando se trata do suco integral pasteurizado, come?ando nos pomares e indo at? os clientes no exterior", disse na ocasi?o Henrique Freitas, diretor da Divis?o de Citros da LDC.
Quebra de safra
A quebra de 20% na safra paulista de laranja, em raz?o de problemas clim?ticos durante a florada, j? est? resultando em valores maiores nos contratos firmados entre produtores e ind?strias. De acordo com dados do Cepea, os citricultores t?m negociado a venda entre R$ 8,25 e R$ 14,00 a caixa de 40,8 kg, patamares bem acima dos registrados em anos anteriores.
O cen?rio se deve ao fato de que o volume de laranja no mercado dom?stico deve ser pequeno at? agosto, visto que a colheita da safra 2008/2009 de laranja de S?o Paulo deve intensificar apenas em setembro, per?odo no qual a ind?stria tamb?m deve expandir a produ??o. "O aumento da oferta a partir de setembro deve estimular a abertura de mais f?bricas para o processamento de suco", disse Boteon.
A pesquisadora explica que essa menor oferta paulista teve pouco impacto na Bolsa de Nova York, onde ? negociado o suco de laranja e que muitos produtores, inclusive, ainda est?o com contratos fechados em safras anteriores com pre?os muito abaixo dos negociados neste ano.
O que ser? o grande diferencial no curto prazo ? a demanda no mercado europeu que pode estimular melhores neg?cios. "Al?m disso, os acordos j? est?o sendo fixados, em sua maioria, em moeda nacional, visto que o As exporta?es de suco integral pasteurizado (NFC, na sigla em ingl?s), o suco fresco cresceram 36,6% na ?ltima safra e garantiram o aumento de 3% da receita total do setor, que foi de US$ 1,86 bilh?o.
Fonte: DCI - Priscila Machado