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Citricultor paulista teme prejuízo nesta safra.

04/08/2008

Com a colheita de variedades precoces j? iniciada, a safra de laranja de S?o Paulo, que abriga o maior parque citr?cola do mundo, come?a a confirmar os sinais de que vai atrasar e que ser? menor do que a prevista pelo governo estadual. A safra tamb?m ser? problem?tica do ponto de vista fitossanit?rio e pouco remuneradora para os produtores. 

 

O atraso e a quebra previstos para esta temporada 2008/09 comp?em um quadro tra?ado por especialistas desde o segundo semestre do ano passado, quando uma prolongada estiagem entre agosto e o fim de outubro afetou a florada das plantas. 

 

Tanto que, quando o Instituto de Economia Agr?cola (IEA) - vinculada ? Secretaria da Agricultura - divulgou sua proje??o para a produ??o (368,2 milh?es de caixas de 40,8 quilos, 0,7% superior a do ciclo anterior), causou surpresa e foi recebida com muitas ressalvas. 

 

No mercado, produtores e ind?strias acreditam que a produ??o ficar? em torno de 300 milh?es de caixas. Como a colheita est? atrasada e s? dever? chegar ao pico em setembro, as empresas ainda mant?m a maior parte de suas unidades de processamento fechadas, conforme fontes do segmento. 

 

Al?m do problema clim?tico, Marco Antonio dos Santos, presidente do Sindicato Rural de Taquaritinga e coordenador da mesa diretora de citricultura da Federa??o da Agricultura do Estado de S?o Paulo (Fasesp), prev? dificuldades para garantir a rentabilidade da produ??o. 

 

Segundo ele, 90% das frutas que ser?o entregues pelos produtores ?s ind?strias em S?o Paulo nesta safra j? est?o contratadas, em acordos de entrega fechados de US$ 3 a US$ 5 a caixa. Com a disparada do pre?o do adubo e o encarecimento do transporte, entre outros aumentos, o custo dos citricultores, segundo ele, est?o entre R$ 10 e R$ 11 por caixa. 

 

Em m?dia, as grandes ind?strias radicadas em S?o Paulo - Cutrale, Citrosuco, Citrovita e LD Commodities, que n?o costumam comentar negocia?es de pre?os -, abastecem cerca de 30% de suas necessidades com contratos desse tipo. Produ??o pr?pria e mercado spot respondem pela fatia restante. 

 

Para quem est? sem contrato, diz Daiana Braga, analista do Centro de Estudos Avan?ados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (Cepea/Esalq), nas renegocia?es atuais os produtores est?o conseguindo das ind?strias de R$ 8 a R$ 13. Mas Santos afirma que poucos acordos est?o sendo de fato renovados. 

 

No mercado spot, a caixa est? em torno de R$ 11, com colheita e frete a cargo dos citricultores. "S? de colheita, s?o pelo menos R$ 2 por caixa. De transporte, mais R$ 1", diz Santos. Para tentar facilitar as conversas com as empresas em busca de reajustes dos contratos, os produtores buscaram o apoio do secret?rio paulista da Agricultura, Jo?o Sampaio, que j? chegou a mediar alguns embates. 

 

Mas ser? dif?cil conseguir algo, j? que as ind?strias alegam que os pre?os do suco n?o mais est?o nos elevados n?veis de 2006 e 2007. Na bolsa de Nova York, os contratos futuros da commodity est?o em queda em 2008 (25,66%) e nos ?ltimos 12 meses (23,16%), segundo varia?es acumuladas calculadas pelo Valor Data. A libra-peso do produto chegou a superar US$ 2 em Nova York em 2006; na sexta, fechou a US$ 1,0765. 

 

Na rec?m-encerrada safra 2007/08, os embarques de suco do pa?s somaram 1,27 milh?o de toneladas, ante 1,39 milh?o em 2006/07. Como a oferta de laranja ser? menor e a demanda segue retra?da em alguns mercados, principalmente nos EUA, ningu?m aposta em crescimento significativo em 2007/08. 

 

Mas a expectativa de que as cota?es do suco subam em Nova York ainda existe, j? que a temporada americana de furac?es est? come?ando agora, como observa Maur?cio Mendes, presidente da consultoria AgraFNP. "Este ser? um fator de influ?ncia at? novembro". 

 

Foi por causa da queda da oferta na Fl?rida (que re?ne o segundo parque citr?cola mais importante do mundo), provocada por furac?es, que os pre?os dispararam de meados de 2004 at? o fim de 2006. A esta altura, contudo, uma eventual valoriza??o nova-iorquina tem poucas chances de beneficiar os citricultores paulistas em 2008/09. 

 

Disputas de pre?os ? parte, todos os elos da cadeia produtiva paulista s?o un?nimes em apontar o greening como principal dor de cabe?a para a citricultura no Estado. Provocada por bact?rias, a doen?a j? esvaziou tradicionais pomares no norte do Estado e hoje se prolifera mais rapidamente do que o previsto, elevando custos e perdas. 

 

Fonte: Fernando Lopes, de S?o Paulo ? Valor Econ?mico

 


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