10/09/2008

Maur?cio Mendes compara atual tormento dos citricultores a praga que devastou pomares nos anos 30

A citricultura tem rumo incerto em S?o Paulo, seu principal polo produtor no Brasil. Por causa de fatores como o greening, doen?a que danifica gravemente os laranjais, o setor enfrenta a perda de espa?o para culturas como a cana-de-a?car. A situa??o ? preocupante, conforme avaliou o diretor-presidente da consultoria AgraFNP, Maur?cio Mendes.

? Desde o grande problema da Tristeza que houve na d?cada de 30, nunca enfrentou um problema t?o s?rio quanto esse, que ? o greening ? disse Mendes ao Agribusiness Online nesta ter?a, dia 9.

Nos anos 30, o chamado v?rus da chamada Tristeza do Citros provocou a perda de milh?es de plantas no Brasil. A forma mais comum de contamina??o ? pelo chamado pulg?o preto. Entre os principais sintomas, est?o folhas descoloridas, r?pido decl?nio da planta e seca de galhos.

Problema que tem tirado o sono dos citricultores e desestimulado o cultivo, o greening ? causado por uma bact?ria, a Candidatus liberibacter, que teria oriem na ?frica ou na ?sia. A doen?a foi observada nos pomares brasileiros pela primeira vez em 2004. entre os sintomas, est?o mudan?as na colora??o e doforma??o de frutos. O controle da doen?a ? dif?cil, ressaltou Maur?cio Mendes, da AgraFNP.

? Se n?o houver um combate efetivo do problema, pdoe trazer preju?zos para a citricultura, com diminui??o da safra ? acrescentou.

Forte baixa

Os contratos futuros do suco de laranja v?m enfrentando forte baixa na Bolsa de Valores de Nova York. Com o fura??o Ike indo para Cuba e se afastando dos pomares da Fl?rida, nos Estados Unidos, os pap?is chegaram a atingir a baixa di?ria limite, o que n?o ocorria desde 1999. No acumulado do ano, as perdas s?o de 29,1%.

De acordo com o diretor-presidente da AgraFNP, o produto n?o acompanhou a movimenta??o das demais commodities.

? N?o acompanha das principais commodities, principalmente milho e soja, porque a demanda ? diferente. As commodities como soja e milho subiram por conta do maior consumo de pa?ses como ?ndia e China. J? o suco de laranja, uma commodity um pouco mais elitizada, depende, principalmente do consumidor europeu e americanos que, no momento, n?o est?o em um uma fase boa de consumo.

Independente dos danos que possam ser causados por furac?es, Maur?cio Mendes disse acreditar em eleva??o dos pre?os do suco de laranja ? medida que os estoques forem reduzindo. Mendes afirmou ainda que, ao contr?rio de outras commodities, o suco de laranja sofre menos com a influ?ncia da chamada financeiriza??o do mercado agr?cola.
Segundo o diretor-presidente da AgraFNP, a presen?a maior de fundos de investimento n?o ? t?o importante quando em produtos como milho e soja.

? No caso do suco, t?m muito mais import?ncia fatores fundamentais, tanto de produ??o, quanto de demanda.

Fonte: Canal Rural