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Recuperação do preço do suco esbarra em consumo retraído.

06/10/2008

 

Envolta nas brumas dos movimentos financeiros derivados da crise emanada dos Estados Unidos, a progressiva queda das cota?es do suco de laranja no mercado internacional n?o encontra nos fundamentos de oferta e demanda desse mercado, h? d?cadas dominado pelo Brasil, sinais de revers?o significativa no curto prazo. 

 

Ainda que a doen?a conhecida como greening seja uma amea?a crescente ? sa?de dos pomares de S?o Paulo e da Fl?rida - que abrigam, nesta ordem, os dois maiores parques citr?colas do planeta -, n?o h? no horizonte pr?ximo sinais de um tombo da oferta global como em 2004 e 2005; ao mesmo tempo, o consumo da bebida claudica e apresenta poucas perspectivas de rea??o. 

 

O cen?rio preocupa produtores de laranja e ind?strias de suco brasileiros e americanos. Ajuda a tumultuar as j? historicamente complicadas rela?es entre fornecedores e empresas e exige, conforme analistas e representantes da cadeia produtiva, uma mudan?a de foco capaz de ampliar o portf?lio e reduzir a depend?ncia das oscila?es dos pre?os da commodity.

 

 

Os primeiros sinais de restri?es da demanda j? eram vis?veis em 2004, sobretudo pela dissemina??o global dos refrescos, n?ctares e sucos prontos para beber, mais baratos e variados. A oferta era polpuda, e em 25 de maio de 2004, antes que duas temporadas seguidas de furac?es nos EUA golpeassem a produ??o na Fl?rida, os contratos futuros de segunda posi??o de entrega (normalmente os de maior liquidez) do suco congelado e concentrado (FCOJ) negociados na bolsa de Nova York atingiram o piso hist?rico de 56,80 centavos de d?lar por libra-peso. 

 

 

Mas vieram os furac?es, e a safra de laranja da Fl?rida, que na safra 2003/04 havia alcan?ado 242 milh?es de caixas de 40,8 quilos, caiu para 150 milh?es de caixas em 2004/05, para 148 milh?es em 2005/06 e para 131 milh?es em 2006/07. Segundo dados do Cepea/Esalq, no mesmo intervalo a produ??o de suco do Estado americano caiu 36,2%, para 665 mil toneladas (em equivalente de suco congelado e concentrado, ainda o mais exportado) na temporada 2006/07. 

 

 

Foi uma ?poca em que a produ??o em S?o Paulo ficou relativamente est?vel, com a produ??o de laranja variando entre 327 milh?es e 361 milh?es de caixas e a de suco, entre 1,159 milh?o e 1,353 milh?o de toneladas. Os pre?os internacionais, assim, reagiram, at? alcan?arem o pico hist?rico de US$ 2,0665 por libra-peso em Nova York. 

 

 

Como o consumo j? preocupava, nesta ?poca de bons pre?os as ind?strias exportadoras, sobretudo as gigantes radicadas no Brasil - Cutrale, Citrosuco, Citrovita e Louis Dreyfus -, elevaram investimentos em log?stica e passaram a apostar nas vendas de suco n?o concentrado (NFC), mais apreciado pelos consumidores, especialmente na Europa, o maior mercado importador.  

 

 

Pelo menos 20% mais caro no varejo, e com margens igualmente melhores para os exportadores, o NFC j? representa boa parte dos embarques brasileiros, que cobrem mais de 80% das exporta?es globais de suco. Mas o mercado reagiu ? alta de pre?os, inclusive do NFC, que acompanha a tend?ncia, e o tombo que se seguiu foi forte e r?pido, deixando como conseq??ncia mais vis?vel uma concentra??o da produ??o de laranja nas m?os de menos citricultores, em S?o Paulo e na Fl?rida. 

 

 

Os movimentos de fundos de investimentos ainda deram f?lego extra ?s cota?es em Nova York em 2007, mas com o recrudescimento da crise financeira e a fuga desses players das commodities, a eros?o voltou a se acelerar. Na quinta-feira, foi alcan?ado o valor mais baixo do ano (85,25 centavos de d?lar por libra-peso), e apesar da leva alta de sexta, a queda acumulada em 2008 superou 40%, segundo o Valor Data. 

 

 

No Brasil, fontes das ind?strias admitem que o quadro ? preocupante, e os citricultores, tamb?m pressionados pelo aumento do custo dos insumos, afirmam que as contas n?o v?o fechar nesta safra 2008/09. "A citricultura vive uma das crises mais importantes da sua hist?ria. ? preciso haver uni?o entre os interesses dos elos da cadeia, porque eles vivem do mesmo neg?cio", afirma Maur?cio Mendes, presidente da consultoria AgraFNP. "O mercado ainda est? tentando encontrar um novo patamar de consumo", diz. 

 

 

em S?o Paulo e na Fl?rida ficasse abaixo de 550 milh?es de caixas, fatalmente os pre?os subiam. Para 2008/09, ambos devem produzir menos de 500 milh?es de caixas, mas os pre?os seguem em queda.

 

Fonte: Valor Econ?mico


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