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Uma doce opção para a laranja

02/10/2008

 

Apesar do Estado de S?o Paulo ser o maior produtor, processador e exportador de suco concentrado de laranja do Brasil, com um valor de produ??o estimado em R$ 2,67 bilh?es, muitos citricultores ainda encontram, na venda da fruta para o mercado interno, a perman?ncia na atividade. Segundo o Instituto de Economia Agr?cola (IEA), entre plantas novas e em produ??o, no territ?rio paulista existem 217 milh?es de p?s de laranja, que teriam respondido em 2007 pela colheita de 365,8 milh?es de caixas de 40,8 quilos da fruta. Deste total, o ?rg?o estima que perto de 90 milh?es de p?s sejam utilizados para abastecer o mercado interno. Os 127 milh?es de p?s restantes serviriam para o fornecimento para a ind?stria processadora da fruta. Denise Kaser, pesquisadora do IEA, explica que a institui??o est? fazendo levantamento espec?fico sobre diversos aspectos do mercado interno e a import?ncia do segmento para a citricultura.

 

M?rio Furquim, produtor de ponkan, p?ra rio e val?ncia em propriedades em Ol?mpia e Guara?a? (regi?o de Andradina), mant?m 100 mil p?s de laranja. Ele afirmou que entrega a fruta de duas propriedades para a ind?stria, mas a produ??o de Guara?a? ? comercializada praticamente toda para mercado. ?As que s?o muito grandes ou muito pequenas, o refugo, mando para a ind?stria.? Ele mant?m uma packing house para lavagem, secagem, escova??o e empacotamento de laranja. A fruta para o mercado interno tem que ter melhor apar?ncia, j? que ser? consumida ? mesa. Isso implica mais gastos nos tratos culturais e um acompanhamento di?rio do pomar. ?A laranja tem que estar amarelinha, sem manchas de ?caro ou ferrugem. Isso requer mais aplica?es de cobre?, disse Furquim.

 

Deise Urbano, gerente da Citr?cola Urbano, de Jos? Bonif?cio, nega que a maior exig?ncia de tratos para a fruta de mesa encare?a o custo de produ??o da laranja. ?Aprendi com meu pai, Valdeci Urbano, que, com mais tratos culturais, voc? obt?m uma produtividade maior. N?o d? para permanecer na atividade hoje em dia com uma produ??o menor do que tr?s caixas por planta?, afirmou. Furquim explicou que um forte trabalho de manejo integrado de pragas (MIP) ? essencial para obter frutas com a qualidade exigida pelo mercado. ?Todo dia tem gente no pomar, batendo lente. As frutas v?o para o laborat?rio e, acima de um determinado n?vel de infesta??o, ? feita pulveriza??o?, disse.

 

P?s-colheita

em Rio Preto porque um concorrente ofereceu a fruta a R$ 1 mais barata. A fruta vinha direta do pomar para o estabelecimento. A Secretaria proibiu o fornecimento e voltamos a fornecer para a rede?, contou.

 

Pre?o melhor                      

40 a 50% maior que o pago pela ind?stria. Na m?dia, 30%?, afirmou Deise Urbano.

 

A fruta do mercado interno abastece desde pequenos mercados, quitandas e feirantes a redes de super e hipermercados. ?No Wall Mart, h? desconto de 2,3% do Funrural e 7% de Fidelidade para cobrir as frutas avariadas no transporte. ?s vezes, eles ganham e, ?s vezes, o fornecedor ganha?, disse Deise Urbano. Uma caixa de laranja de 40,8 quilos para o mercado est? custando R$ 10, quase o mesmo pre?o que ? pago pela ind?stria, mas a diferen?a da colheita e do transporte (R$ 3, no total) s?o por conta da citr?cola.

 

Produtor decide pelo pre?o

em S?o Paulo tem padr?o industrial e que os citricultores sempre procuram o mercado que est? pagando melhor pela caixa da fruta. Para ele, seria necess?rio que o mercado interno contasse com estruturas de compra semelhantes ?s utilizadas pelas ind?strias, que garantisse maior tranq?ilidade aos produtores, numa alus?o a eventuais problemas de recebimento do pagamento. Santin disse ainda que o mercado interno brasileiro sempre foi carente e que uma das alternativas seria uma oferta maior de suco pronto. ?Teria que ser de suco reconstitu?do e n?o o fresco, para evitar oscila?es de sabor no decorrer da safra?.

 

25 litros por pessoa por ano, o que implica em aumento de renda da popula??o. Outro problema apontado ? o fato do Brasil ter dimens?es continentais e produzir v?rias esp?cies de frutas que na safra podem se tornar mais competitivas que os citros. ?A? os supermercados fazem promo?es com essas frutas e esquecem da laranja?.

 

Procura cresce a partir de agosto e setembro

Edson Zatiti, de Uchoa, explicou que, a partir de agosto e de setembro, quando a temperatura come?a a subir, ocorre uma maior procura de frutas c?tricas. Ele disse que cultiva variedades precoces, de meia esta??o e tardias para ter fruta para atender o mercado o ano inteiro. Dois fatores est?o ajudando a produ??o de frutas com melhor qualidade: pomares novos, que come?aram recentemente a produzir, e o fato de existir um acompanhamento maior dos pomares para controlar pragas e vetores de doen?as como CVC, greening e cancro c?trico. Zatiti explicou que o mercado est? cada vez mais exigentes em rela??o ? apar?ncia da fruta. ?O consumidor n?o compra fruta se a casca n?o estiver lisa, sem manchas.?

 

Mercados t?m peculiaridades

Observados os pre?os m?dios hist?ricos da caixa de laranja, o mercado interno sempre remunerou melhor o produtor do que a fruta entregue no port?o da ind?stria (mercado spot). No entanto, ressalva Frederico Lopes, pesquisador do Programa de Estudos de Neg?cios do Setor Agroindustrial (Pensa) e s?cio-consultor da Markestrat Consultoria, o mercado interno tem peculiaridades que devem ser analisadas. ?O pagamento geralmente ? recebido 30 dias ap?s a entrega da fruta, enquanto a ind?stria costuma adiantar o pagamento em at? um ter?o do valor total para produtores que possuem contratos. Al?m disso, o mercado interno tem restri??o de consumo ao ser comparado com a ind?stria. Estima-se em 50 milh?es de caixas o tamanho do mercado interno e tamb?m n?o ? comum comercializar variedades precoces e tardias, mas apenas a p?ra rio.

 

Lopes considera que realmente est? ocorrendo produ??o de fruta de melhor qualidade devido ?s exig?ncias de tratos culturais para assegurar a produ??o. ?De fato os custos da fruta para mercado interno e para a moagem, atualmente, s?o semelhantes, pois partimos da premissa que temos que cuidar bem do pomar, do p? de laranja, independente do destino da fruta?, disse. Com tratos culturais adequados pode-se produzir frutas em diferentes ?pocas do ano, obtendo pre?o ? maior a custos semelhantes aos convencionais. Tradicionalmente, o pre?o da fruta no Estado de S?o Paulo, segundo Lopes, depender? do ?apetite? da ind?stria e da demanda no consumo in natura. A ind?stria de suco concentrado costuma consumir 2/3 da fruta, produzida no Brasil e tem muita influencia no pre?o da fruta fresca.

 

O volume destinado ao mercado interno, segundo Lopes, j? oscilou de 35 milh?es a 100 milh?es de caixas nos ?ltimos anos e ele acredita que o mercado interno paulista movimentou, em 2007, entre 40 e 50 milh?es de caixas padr?o de laranja, incluindo venda de fruta para outros estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goi?s. O pesquisador disse tamb?m que a baixa do d?lar pouco influencia a decis?o dos citricultores de vendar a fruta para os atacadistas. ?Acredito que isso n?o (est? ocorrendo), pois fruta mais barata por conta do d?lar, conseq?entemente, faz ficar mais barata para o mercado interno tamb?m.? Lopes, no entanto, destacou a import?ncia no aumento da renda dos brasileiros que pode elevar o consumo de citros. ?Isso deve contribuir muito para o consumo de maneira geral, desde que o pre?o n?o aumente muito. Caso contr?rio o consumidor pode substituir a laranja por outras frutas?. Pelas contas de Lopes, a ind?stria deve ter consumido cerca de 290 milh?es de caixas, totalizando cerca de 340 milh?es de caixas na safra passada. Os montantes da atual safra s?o mais dif?ceis de obter-se, considerando uma ocorr?ncia de quebra de safra da ordem de 25% a 30%. ?A grande d?vida ? quanto da safra ir? para ind?stria ante o mercado?.

 

Pesquisa analisa infec??o de plantas por neumat?ides

Um trabalho de autoria de S?rgio Ademir Calzavara, pesquisador da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que analisa laranjais infectados por nemat?ides (Pratylenchus jaehni), importante praga dos laranjais paulistas, foi considerado o melhor entre os apresentados no 5? Congresso Internacional de Nematologia, realizado em julho, na Austr?lia. Os danos causados nas plantas s?o conseq??ncias do parasitismo. Os nemat?ides perfuram a parede celular, penetram no hospedeiro e se movimentam nos tecidos. Alimentando-se das c?lulas, eles desviam os elementos destinados ? nutri??o da planta.

 

Um dos objetivos da pesquisa, cujos resultados poder?o auxiliar no combate aos danos causados pelo microrganismo, foi identificar porta-enxertos de citros resistentes a nemat?ides, uma importante alternativa para os produtores no manejo da praga. Foram testados 6 porta-enxertos fornecidos pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), que foram inoculados pelo pesquisador . ?A conclus?o ? que 5 porta-enxertos testados se mostraram resistentes aos nemat?ides e podem ser utilizados para a forma??o de pomares em ?reas com o microrganismo?, disse Calzavara

 

Fonte: Di?rio da Regi?o ? on line


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