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Agricultura dos EUA teme baixa de preços e elevação de custos

25/10/2008

 

O Cintur?o Agr?cola dos EUA, uma das ?reas mais fortes da economia americana nos ?ltimos dois anos, est? enfraquecendo rapidamente. Ap?s dois anos de recorde na receita agr?cola, a regi?o produtora conhecida como Meio-Oeste se v? diante de queda dos pre?os para sua produ??o e custos mais altos. A cota??o do milho caiu de US$ 7,54 o bushel (25,4 quilos) em fins de junho no Estado de Iowa para US$ 3,84 na segunda-feira. Mas produtores est?o sendo informados por fornecedores de que os custos de fertilizantes e sementes podem subir mais de 40% para o pr?ximo plantio, no ano que vem.

Alguns agricultores est?o adiando a compra de equipamentos e ponderando se, na pr?xima primavera, devem reduzir o plantio de lavouras de alto custo, como o milho. As a?es de empresas agr?colas se desvalorizaram: a Bunge caiu cerca de 65% desde junho, enquanto a ADM, outros grande grupo global do setor, registrou queda de 60%.

AGCO e CNH Global.

Muitos produtores do Meio-Oeste temem que a combina??o de pre?os mais baixos e custos mais altos acabem pondo fim, no ano que vem, a um dos per?odos mais pr?speros da hist?ria agr?cola dos Estados Unidos. Este ano, o Departamento de Agricultura prev? que a renda l?quida do campo no pa?s chegar? a US$ 95,7 bilh?es, 10,3% maior que os US$ 86,8 bilh?es do ano passado e quase o dobro dos US$ 58 bilh?es de dois anos atr?s.

Proje?es para a renda de 2009 ainda n?o est?o dispon?veis, mas produtores est?o se preparando para uma queda. A maioria dos economistas acha que o Cintur?o Agr?cola pode suportar uma desacelera??o, em parte porque a situa??o financeira dos produtores ? boa (com propor??o de 9% entre d?vida e patrim?nio) e tamb?m porque medidas do governo americano v?o aumentar o volume de milho usado na produ??o de ?lcool no ano que vem. Eles tamb?m acreditam que a demanda mundial por produtos agr?colas americanos seguir? forte, apesar dos problemas econ?micos recentes.

1 hectare no condado de McDonough, Estado de Illinois, era vendido por US$ 19.150, apenas 20 meses depois que o vendedor havia pago US$ 11.613.

Michael Boehlje, economista da Universidade de Purdue, tamb?m em Indiana, espera que os pre?os das terras agricult?veis do Meio-Oeste baixem nos pr?ximos cinco anos. Como terra ? o maior ativo dos agricultores e sua principal fonte de garantias para empr?stimos, qualquer redu??o no valor dela prejudica a capacidade de eles se financiar.

O lucro anual dos agricultores americanos ficou entre US$ 40 bilh?es e US$ 60 bilh?es por sete anos at? 2004, quando ent?o subiu para US$ 85,8 bilh?es. A demanda por gr?os estava aumentando com a corrida dos EUA para expandir sua ind?stria de biocombust?veis e com o crescimento da crescente classe m?dia de pa?ses em desenvolvimento, como a China, e de seu apetite por carne e leite de animais alimentados por gr?os.

Agora, algumas a?es de empresas agr?colas est?o caindo mais depressa que o resto do mercado, em conseq??ncia do medo de que a crise econ?mica possa provocar recess?o mundial profunda o suficiente para acabar deprimindo a demanda por alimentos exportados pelos EUA. As a?es da fabricante de fertilizantes Mosaic, que subiram mais de 600% entre janeiro de 2007 e junho deste ano, perderam 77% do valor. At? as da gigante Monsanto, que tiveram alta est?vel durante cinco anos, baixaram cerca de 40% do seu n?vel mais alto, registrado em junho.

Os pre?os do milho e da soja, as duas maiores culturas do pa?s, ca?ram pela metade desde o come?o de julho, quando passou o temor de que as inunda?es no Meio-Oeste tivessem reduzido o volume potencial das safras da regi?o. Pre?os de cevada, algod?o, sorgo, a?car e trigo tamb?m ca?ram.

Gra?as ao clima melhor do que o normal para o plantio, os americanos est?o colhendo o que o Departamento de Agricultura estima ser a segunda maior produ??o de milho da hist?ria do pa?s: 83,4 milh?es de toneladas. Os sojicultores est?o colhendo sua quarta maior safra: 89 milh?es de toneladas. Pela previs?o do departamento, a produ??o global de trigo deu um salto de 11,4%, com um recorde de 680,20 milh?es de toneladas.

Com a queda dos pre?os, a alta dos custos est? espremendo os agricultores. Muitos fornecedores deles aproveitaram a explos?o dos gr?os nos ?ltimos dois anos aumentando o pre?o de tudo, de fertilizantes a sementes e implementos. N?o h? sinais concretos de que a economia que eles fizeram com a baixa nos pre?os do petr?leo e de commodities industriais venha a ser totalmente repassada em breve para os agricultores.

1.400 hectares onde planta tende a subir 47%.

 

 

Para muitos agricultores, os custos subiram tanto que eles podem perder dinheiro no ano que vem mesmo se os pre?os da safra ficarem acima do teto para garantir cheques de subs?dio do governo americano. Grupos de empres?rios e pol?ticos do Cintur?o Agr?cola j? est?o pressionando o governo Bush para que ele interprete com generosidade a nova lei quinq?enal de subs?dios agr?colas.

A queda no pre?o das safras ? bem-vinda em algumas ?reas da economia agr?cola. Muitos criadores de animais est?o vendo os custos de engorda encolher em rela??o aos altos e nada lucrativos n?veis do trimestre passado.

Os custos operacionais tamb?m est?o diminuindo para muitas empresas processadoras de gr?os. Quando o pre?o dos gr?os explodiu, em maio e junho, muitos silos de armazenagem lutaram para conseguir dinheiro emprestado suficiente para manter hedges em mercados futuros, medidas de prote??o contra oscila?es desfavor?veis de pre?os. Por isso muitos armaz?ns reduziram o prazo dos contratos futuros com produtores de gr?os, em alguns casos de tr?s anos para apenas alguns meses. Agora a situa??o est? melhorando.

em St. Paul, Minnesota, ? se preparar para tempos magros com o adiamento de alguns planos de investimento de capital.

O pre?o mais baixo do milho ajudou os produtores de ?lcool combust?vel, porque o milho representa 75% do custo deles. Mas a redu??o no pre?o do petr?leo achatou o pre?o pelo qual as empresas podem vender o ?lcool, que compete com a gasolina. As margens de 50% de quatro anos atr?s, que ajudaram a estimular um boom de constru??o de usinas pelo Meio-Oeste, encolheram para menos de 5% em muitas companhias. Projetos de novas constru?es est?o sendo suspensos.

Os investidores da Lincolnway Energy, dona de uma usina de ?lcool em Nevada, Iowa, capaz de produzir 190 milh?es de litros/ ano, recuperaram 80% do investimento inicial em dividendos e incentivos fiscais desde que a f?brica come?ou a funcionar, em 2006.

A maioria dos economistas v? pouca chance de ocorrer uma crise de d?vida como a que derrubou o Meio-Oeste nos anos 80, quando o governo americano resgatou o maior financiador agr?cola.

O economista David Oppedahl, do Fed de Chicago, diz que os agricultores est?o com as finan?as mais fortes do que de costume. O endividamento do setor est? em 9% dos ativos, em compara??o com o pico de 22%, em 1985. Nos ?ltimos anos, enquanto muitas fam?lias urbanas tomaram empr?stimos pesados para adquirir casas, fazendeiros eram t?o contr?rios a contrair d?vida que compravam terra pagando com dinheiro vivo ou grandes entradas.

 

Scott Kilman

Fonte:  The Wall Street Journal


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