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Exportao de sucos brasileiros ameaada

10/11/2008

Do suco das frutas brasileiras j? n?o se espreme mais tanta receita quanto antes. S? no m?s de outubro deste ano, o pa?s deixou de vender US$ 66 milh?es ao mercado externo, varia??o 26,8% negativa ante os US$ 245 milh?es faturados no mesmo m?s do ano passado. No caso da laranja, que comp?e 42% da receita com embarques de suco, a queda registrada foi ainda maior. Em outubro, o valor das exporta?es foi de US$ 164,4 milh?es contra US$ 235,8 milh?es do per?odo em 2007 - naquele ano, o suco de laranja representava 30% da receita obtida com as exporta?es.

Segundo o analista Maur?cio Mendes, da empresa de consultoria AgraFNP/GConci (Grupo de Consultores em Citrus), esses dados da Secretaria de Com?rcio Exterior (Secex), divulgados pelo Minist?rio da Agricultura (Mapa), 'ainda n?o s?o um reflexo direto da crise financeira'. Mendes explica que essa retra??o do mercado externo j? vinha sendo sentida antes mesmo do in?cio da crise e, portanto, pode se agravar com ela no ?ltimo trimestre do ano. O consultor se apoia ainda no estoque norte-americano para explicar o baixo fluxo de suco brasileiro rumo ao mercado internacional. 'O estoque nos Estados Unidos nas m?os dos compradores est? muito alto, em torno de 410 mil toneladas'.

O vice-presidente da empresa de consultoria New Edge, com sede em Nova York, Michael Mcdougall, calcula que a quantidade de suco de laranja estocada em setembro em solo americano era 91% maior que em igual per?odo de 2007 - ano em que o pa?s sofreu uma consider?vel quebra de safra -, j? em rela??o a agosto o volume do estoque recuou 10%. Na medida cotada na Bolsa de Chicago, havia 1,187 bilh?o de libra-peso, ou 26,16 milh?es de toneladas da bebida, n?mero bem maior do que se calcula por aqui.

A Secex registrou tamb?m redu??o de 20,5% no m?s de outubro na contagem do volume de suco de frutas que alcan?a o mercado externo. Os ?ndices apurados pela Secretaria se mant?m em queda tamb?m em rela??o aos pre?os. No mesmo m?s, a cota??o da tonelada caiu 7,9% no mercado internacional, varia??o que fica ainda mais negativa quando a Secex compara o valor pago no acumulado de janeiro a outubro deste ano com o do ano passado - 8,4% negativo.

A tonelada do suco, que hoje n?o ? exportada por mais de US$ 872, leva a ind?stria a pagar cerca de US$ 3,60 pela caixa de laranja produzida em S?o Paulo, maior exportador do globo. Mesmo com o c?mbio atual, esse pre?o n?o cobre boa parte dos custos de produ??o.

Levantamento feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que o custo vari?vel em Bebedouro, interior paulista, ? de R$ 12,10. Como os produtores negociam a caixa da fruta em contratos pr?-fixados com o d?lar a cerca de R$ 2,10, ele fica com um preju?zo de cerca de R$ 4,54 em cada caixa negociada. Marco Ant?nio dos Santos, presidente do Sindicato Rural de Itaquaritinga, afirma que por l? o preju?zo ? ainda maior, pois o custo de produ??o na regi?o, segundo ele, n?o sai por menos de R$ 13.

Produtor de uma ?rea de 60 hectares cobertos por 25 p?s de laranja, Marco Ant?nio n?o pensou duas vezes na hora de optar por comprometer a produtividade, acima da m?dia, de tr?s caixas por ?rvore. 'Vou suspender a aduba??o, ou vai ficar imposs?vel sustentar o preju?zo', lamenta. A quebra de safra do produtor em 2008 vai ser de 50%, o Estado deve amargar quebra de 15% em rela??o ao ano anterior, isso por causa dos problemas clim?ticos enfrentados h? exato um ano. 'E olha que em outubro deste ano, ?poca de flora??o, a incid?ncia de chuva tamb?m n?o foi das melhores', lembra o produtor.

'Esse ano o nosso preju?zo est? fora da realidade. A situa??o est? muito dif?cil, muitos produtores n?o conseguiram pagar os investimentos realizados no ano passado. Estamos vivendo com certeza um dos piores anos para o setor'. Santos reclama ainda da falta da m?o-de-obra durante a colheita.

De acordo com os c?lculos da New Edge, o pre?o da libra-peso do suco de laranja se recuperou um pouco, mas ainda continua registrando queda de cerca de 40% em rela??o aos verificados h? um ano. Para Mendes, os pre?os pagos nos EUA e no mercado europeu prejudicam a renda do citricultor brasileiro. 'Eles vivem um momento de muita preocupa??o. Ainda n?o vamos perceber uma retra??o imediata da lavoura porque ? uma cultura perene, o reflexo s? vem se essa queda persistir.

Gilmara Botelho


Fonte: Gazeta Mercantil

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