Segundo o presidente do Sindicato Rural de Taquaritinga, s? 50% dos contratos para a safra de 2009 foram firmados

Associa??o Brasileira de Citricultores afirma que ind?stria pertencente ao grupo Votorantim ainda n?o renovou contratos

A crise econ?mica internacional j? afetou a citricultura na regi?o central do Estado, derrubando o pre?o da terra, aumentando o pre?o de defensivos agr?colas -negociados em d?lar- e freando a assinatura de contratos futuros com as ind?strias de suco.

As informa?es s?o de produtores de laranja. Segundo Marco Antonio dos Santos, produtor e presidente do Sindicato Rural de Taquaritinga, uma das principais regi?es citricultoras de S?o Paulo, s? 50% dos contratos para a safra de 2009, que come?a em junho, j? foram firmados. Em 2007, segundo Santos, 80% dos contratos para a safra deste ano j? haviam sido fechados com as ind?strias nesta ?poca.

"N?s n?o sabemos qual vai ser o tamanho da safra em 2009, n?o d? para prever. Das ind?strias, s? a Cutrale fechou contratos, nenhuma outra est? procurando os produtores."

De acordo com Fl?vio Viegas, presidente da Associtrus (Associa??o Brasileira de Citricultores), o setor j? sofre preju?zos desde o in?cio desta d?cada. Entretanto, com a crise, a Citrovita, pertencente ao Grupo Votorantim, deixou de procurar os produtores para renovar os contratos de compra para o ano que vem.

"Com as perdas que a Votorantim teve, a Citrovita, que disputa a lideran?a do mercado com a Cutrale, deixou de procurar os produtores para comprar, desfavorecendo a disputa por esse mercado", disse.

No in?cio de outubro, o Grupo Votorantim admitiu ter perdido cerca de R$ 2,2 bilh?es em opera?es no mercado financeiro. Nesta semana, a Folha procurou a assessoria de imprensa do grupo, mas foi informada de que a ind?stria n?o iria comentar o assunto.

Ainda segundo o presidente da Associtrus, a expectativa para o fim desta safra, em janeiro, j? ? inferior ? previs?o feita em junho. "T?nhamos uma previs?o de produ??o de 360 milh?es de caixas no pa?s, mas devemos fechar a safra com 300 milh?es", disse Viegas.

Al?m da crise econ?mica, dizem os produtores, a falta de chuvas nos meses de setembro e outubro prejudicou o desenvolvimento da fruta neste ano.

VERIDIANA RIBEIRO

Fonte: Folha de S.Paulo ( FOLHA RIBEIR?O) - 22/11/2008