A especialista explica que o resultado do in?cio do ano surpreendeu, pois com a deflagra??o da crise internacional, tudo apontava para a contamina??o desse mercado. Isso porque no per?odo entre novembro e dezembro de 2008, o pre?o m?dio de terras teve sua primeira queda ap?s v?rios meses de altas consecutivas. O pre?o do hectare nessa ?poca foi de R$ 4,330 mil , recuo de 0,25% em rela??o aos valores negociados entre setembro e outubro.

O n?mero do primeiro bimestre de 2009 (R$4,373 mil) ? 5,7% maior que os R$ 4,135 mil por hectare em igual bimestre de 2008. Mas descontando-se a infla??o no per?odo, o resultado ? uma desvaloriza??o de 1,7%. Na compara??o com a m?dia do valor das terras registrada h? 36 meses, quando o hectare valia R$ 3,067 mil, houve uma valoriza??o de 42,7%, o que significa uma valoriza??o real de 6,5% ao ano.

Segundo a AgraFNP, nos ?ltimos 12 meses, a regi?o que registrou a maior valoriza??o em pre?o de terras foi o Sul. Entre os per?odo de mar?o-abril de 2008 e janeiro-fevereiro de 2009, as terras nesta regi?o valorizaram-se em m?dia 12,8%. Em seguida, foi o Nordeste com valoriza??o de 6,6%, ao Centro-Oeste, com 3,2%, o Sudeste com 2,4% e o Norte com 1,6%. Com exce??o da regi?o Sul, as demais tiveram valoriza?es m?dias abaixo da infla??o no per?odo (7,5%).

A n?o-confirma??o da expectativa de queda forte nos pre?os das terras pode atrapalhar os planos de algumas empresas que reservaram caixa para aproveitar essas oportunidades. A SLC Agr?cola, empresa produtora de commodities agr?colas com expertise em compra de terras, era uma delas e anunciou no terceiro trimestre do ano passado que suspenderia investimentos em infra-estrutura e maquin?rio para refor?ar o caixa e aproveitar as oportunidades que sur-giriam no mercado de terras. O plano da empresa, divulgado em outubro do ano passado, era postergar investimentos de R$ 150 milh?es para aproveitar oportunidades de aquisi??o de terras. O valor ? quase tudo o que a companhia investiu no ano de 2008, quando adquiriu 50 mil hectares nos estados do Mato Grosso, Bahia, Maranh?o e Piau? (R$ 175 milh?es).

Fonte: Gazeta Mercantil