15/04/2009H? muito a ind?stria de laranja deixou de renovar contratos com os produtores da fruta. E pela caixa de 40,5 quilos adquirida em ritmo lento na porta da f?brica (mercado spot) n?o ? pago nem R$ 5 - em outubro a mesma caixa valia R$ 9,33. Enquanto isso, no mercado internacional, o pre?o da libra-peso do suco valorizou 30,8% desde mar?o e alcan?ou US$ 88,60.
Esse descolamento das cota?es da mat?ria-prima no mercado dom?stico e do concentrado feito a partir dela e negociado no preg?o em Nova York pode ser justificado, em parte, pela entressafra da produ??o brasileira. Mas a deprecia??o do pre?o pago ao produtor daqui ? acentuada sobremaneira pela ind?stria, afinal, ela ?j? n?o depende tanto das frutas de terceiros?, pontua Maur?cio Mendes, presidente da AgraFNP e consultor do Grupo de Consultores em Citros (GConci).
De acordo com levantamento do Centro de Estudos Avan?ados em economia Aplicada (Cepea), o volume limitado de frutas entregue no port?o das f?bricas foi de variedades p?ra, natal e val?ncia da safra 2008/09. A m?dia dos pre?os dessas variedades em mar?o foi de R$ 4,95 por caixa, retra??o de 16,5% sobre o pre?o pago no m?s anterior. As vendas de laranjas para o segmento industrial acompanham pois o ritmo decretado pelas empresas que, segundo Mendes, estariam travando a renova??o dos contratos de compra da fruta e por conseguinte dos pre?os at? que elas consigam avistar o rumo definido pelo mercado internacional e aquele tamb?m tra?ado pelo consumo.
