Paulo Sader
A Secretaria da Agricultura do Estado de S?o Paulo publicou sua primeira estimativa de produ??o da safra de laranja 2008/09. Ser?o 352 milh?es de caixas, das quais 284,59 milh?es (81%) para a ind?stria que, no ano passado, processou 300 milh?es de caixas.
O contrato de julho na ICE Futures caiu, nesta quarta feira, para US$0,9060/lb, j? que o medo da seca que pairava sobre os pomares da Fl?rida se desfez com as chuvas que chegaram. Agora, ser?o os furac?es que dar?o o tom das especula?es, sempre acompanhados das movimenta?es que a moeda americana sofrer.
O VI Workshop GTACC realizou-se durante todo o dia de ontem, em Bebedouro, abordando o tema ?Sustentabilidade e Perspectivas Econ?micas?. Todas as palestras, mesmo as mais t?cnicas, agronomicamente falando, puseram seu foco no consenso que vai tomando conta das a?es do citricultor, por for?a do convencimento racional ou por for?a da necessidade imposta pelos fatos: a busca incessante pela redu??o de custos e aumento de produtividade como os mais eficazes instrumentos de cria??o de margem de lucro, j? que produtor de commodities n?o faz pre?o de venda do seu produto. Assim, falou-se de irriga??o, aduba??o, colheita, em termos gerais e t?cnicos que foram complementados pelos exemplos trazidos da citricultura uruguaia pelo Eng. Agr. Dario Saracho, e da Fazenda Cambuhy pelo Dr. Fernando Tersi.
A quest?o da SUSTENTABILIDADE, subjacente a todos os temas tratados, foi mais enfatizada pela Dra. Margarete Boteon.
Mais do que modismo, visto que a express?o est? presente em 10 de 10 eventos do agroneg?cio, sustentabilidade do neg?cio ? um conceito, se bem empregado, imperativo para quem quer perdurar. A proposta da Dra. Margarete ? radical: dada a crescente complexidade do segmento econ?mico em que atuamos, dados os riscos em que incorremos, ? for?oso fazer uma avalia??o mais completa de cada custo, inclusive os custos de oportunidade, para al?m daqueles trazidos pelo dia a dia da atividade e das necessidades do fluxo de caixa. Em raz?o das especificidades de cada fazenda e da valora??o do risco, que ? tarefa individual, dizer se a citricultura ? vi?vel, compete a cada citricultor. Como todo or?culo, os recentes eventos v?o nos dando pistas e ferramentas, nunca resposta pronta! Por isto ? que ser empres?rio n?o ? para qualquer um? ? preciso compet?ncia. Esta ? a raz?o, tamb?m, para frequentar os foros de debate que se nos apresentam: de 01 a 05 de junho, a Cordeir?polis!
Sob a perspectiva da brincadeira da semana passada do ?exit? da citricultura, temos duas alternativas: ou achamos uma sa?da ?para? os impasses da citricultura ou a sa?da ?dela?.
Para dar uma id?ia do que ? debater citricultura e de como vem de longe a busca do ?exit?, a Folha de S?o Paulo lembrou que, h? 50 anos, 17/05/1959, produtores de laranja da regi?o de Bebedouro destru?am laranjas ?recusadas para exporta??o por falta de requisitos?, com baixos pre?os, pleiteando amparo do governo para adotar programas de est?mulo ao consumo da fruta e seu aproveitamento industrial em forma de suco. Teve gaiato que me lembrou que, nesta ?poca, ainda nem havia ind?stria de suco e o produtor j? estava reclamando dos pre?os? e via como solu??o a cria??o de ind?strias de suco.
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