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O seu negócio é economicamente sustentável?

10/06/2009

Na Semana da Citricultura deste ano, que acontece de 1? a 5 de junho, em Cordeir?polis-SP, a pesquisadora Margarete Boteon do Centro de Estudos Avan?ados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, aborda o tema sustentabilidade econ?mica da cultura. A palestra, que encerra as apresenta?es do evento, est? marcada para come?ar ?s 12h30 desta sexta-feira, 5.

Para o Cepea, mais do que cobrir o disp?ndio com insumos e m?o-de-obra utilizados ao longo de uma safra, entendidos como custos operacionais, a receita proporcionada por uma cultura deve, na m?dia dos anos, permitir a reposi??o de todos os bens envolvidos e tamb?m remunerar o capital investido para o neg?cio. O montante para a cobertura desses fatores ? chamado pelo Cepea de CARP ? Custo Anual de Reposi??o do Patrim?nio. A soma dos custos operacionais ao CARP ?, ent?o, entendida pelo Cepea como custo total. Para pesquisadores deste Centro, uma atividade ser? economicamente sustent?vel quando o Custo Total for coberto pela receita auferida.

A equipe Hortifruti Brasil/Cepea analisou a situa??o de dois citricultores paulistas pela metodologia de estudo de caso para ter um indicativo se o custo total de produ??o est? sendo coberto. Estudos de caso, por defini??o, n?o podem ser considerados m?dia (generaliza??o) do setor e nem mesmo dos produtores com n?vel tecnol?gico semelhante. Por outro lado, podem, sim, ser utilizados por qualquer outro produtor como um guia para a an?lise do seu pr?prio neg?cio. Para que a mat?ria apresentada pela Hortifruti Brasil possa cumprir esse papel, s?o apresentadas com detalhes as planilhas de custos dos dois produtores analisados.

Para completar a an?lise explorat?ria da estrutura de custos e receita, ? apresentada tamb?m entrevista em que os dois citricultores emitem opini?es sobre a sustentabilidade econ?mica de seus neg?cios e sobre o ambiente da citricultura paulista.

 

A mat?ria de capa que comemora os 8 anos da revista Hortifruti Brasil, do Cepea, aborda tamb?m a indefini??o do mercado citr?cola neste in?cio de safra. At? maio, poucos novos contratos haviam sido fechados. Conforme a pesquisadora Margarete Boteon, que coordenou o trabalho realizado tamb?m por ?lvaro Legnaro, Mayra Monteiro Viana e Camila Pires Prirllo, da equipe Hortifruti/Cepea, o receio ? agravado quando se leva em conta a significativa queda de pre?os no mercado spot para a ind?stria na ?ltima entressafra (mar?o a maio de 2009). Os pre?os tiveram significativa queda (em torno de 50%) quando comparados ? m?dia de pre?os praticados na entressafra das duas ?ltimas temporadas.

Combinando o n?vel de pre?os com os custos de produ??o da cultura, que teriam aumentado ao longo da d?cada, a pesquisadora alerta para o aperto da rentabilidade do citricultor. O encarecimento da produ??o em 2008, segundo Margarete, deve-se, principalmente, ? alta dos pre?os dos fertilizantes e do servi?o de colheita que inclui o frete at? a ind?stria. A pesquisa aponta tamb?m o aumento dos gastos com inseticidas para o combate do greening, ainda que os pre?os dos defensivos em geral tenham ca?do na m?dia real (deflacionada) desde 2006.

Custo na Opini?o do Produtores

A an?lise apresentada na Hortifruti Brasil ? enriquecida com pesquisa realizada com 43 produtores distribu?dos nas categorias de pequeno, m?dio e grande portes. Um das informa?es apuradas ? o custo de produ??o segundo estimativa dos entrevistados. Para a ?ltima safra, a 2008/09, o valor m?dio apontado pelos entrevistados para cobrir os gastos com a produ??o da laranja posta na ind?stria foi em torno de R$ 10,00/caixa de 40,8 quilos, valor semelhante ? m?dia recebida por contrato no ano passado. Descontando a colheita e frete, o custo cai para R$ 7,00/cx.

Para 2009, eles acreditam que o custo geral de produ??o sem contar a colheita se mantenha no patamar de 2008 ou at? mesmo se reduza, por conta da queda nos pre?os dos fertilizantes.

? importante destacar que o valor acima ? uma opini?o de 43 entrevistados que levaram em conta principalmente os desembolsos com a cultura e n?o se refere, portanto, ao c?lculo do custo total de produ??o, que requer a inclus?o de remunera??o sobre o capital fixo, custo de oportunidade e deprecia?es, que apontaria efetivamente a sustentabilidade do neg?cio.

Custo Total

A pesquisadora Margarete Boteon explica que, diante da escassez de dados a respeito do custo total da citricultura, a viabilidade do neg?cio pode ser analisada atrav?s de um valor considerado satisfat?rio na opini?o dos entrevistados para se fechar contrato com a ind?stria em d?lares. Esse valor pode, ent?o, ser um indicativo do custo total da citricultura, incluindo a remunera??o do capital do produtor e deprecia?es.

Um aspecto que chama a aten??o ? o encarecimento em d?lar da caixa de laranja nos ?ltimos anos. Em 2001, em valores nominais, o valor ?satisfat?rio? para se fechar um contrato era de US$ 2,50/caixa e, em 2008/09, saltou para US$ 6,00/cx. No entanto, quando se converte esses valores com a taxa de c?mbio j? deflacionada, o pre?o em moeda nacional permaneceu praticamente o mesmo: entre R$ 12,00 e R$ 13,00/cx.

Atrav?s da pesquisa, a equipe constatou que o valor considerado satisfat?rio (trata-se, portanto, da percep??o do produtor) para se fechar contrato com a ind?stria na ?ltima temporada (2008/09) seria por volta de R$ 12,00 ou US$ 6,00/caixa de 40,8 kg. Esse patamar leva ? conclus?o de que mesmo os ?bons? pre?os m?dios de contrato obtidos nas duas ?ltimas temporadas (2007/08 e 2008/09) teriam sido suficientes somente para empatar com os gastos correntes, n?o chegando a remunerar o patrim?nio do produtor.

?A menor rentabilidade foi a do grupo de produtores que n?o conseguiu negociar um reajuste para o seu contrato a partir da safra 2005/06, quando houve forte alta dos pre?os internacionais do suco impulsionada pela redu??o da oferta da Fl?rida devido aos danos dos furac?es. O pre?o m?dio recebido pela caixa de laranja por esse grupo em 2008 foi 50% menor (em moeda nacional, descontada a infla??o) que o de 2001. J? os que conseguiram obter um pre?o de contrato acima da m?dia apurada nesta pesquisa do Cepea praticamente recuperaram o valor da caixa de laranja do in?cio da d?cada, melhorando a rentabilidade?, explica Margarete Boteon.

 

Para a temporada 2009/10, a pesquisadora estima que diante da retra??o dos pre?os internacionais em compara??o a temporada anterior, a m?dia dos contratos dificilmente ser? superior ao negociado em d?lar na ?ltima safra. Isso significa, explica Margarete, que os produtores que n?o conseguiram se capitalizar nas ?ltimas duas temporadas podem ter problemas de caixa na atual (2009/10). ?O que pode melhorar a capitaliza??o do produtor ? a perspectiva de queda de pre?os de alguns insumos?, analisa.

 Fonte: Sanicitrus

 


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