- Terça-Feira 23 de Abril de 2024
  acesse abaixo +
   Notícias +


Mercado interno pode ser alternativa para a citricultura

16/07/2009

Citricultores do

Estimular o consumo nacional ? uma reivindica??o, principalmente, dos produtores, que teriam mais mercado para escoar a produ??o.

 

O presidente da Associtrus (Associa??o Brasileira de Citricultores), Fl?vio Viegas, comunga da opini?o de Sampaio. ?A citricultura ? muito grande e toda voltada para a exporta??o. De certa forma, o setor relegou o mercado interno para segundo plano?, diz. Ele acredita que uma campanha de incentivo ao consumo do produto poderia ajudar a impulsionar as vendas no mercado interno.

 

No entanto, para Viegas, o grande problema ainda ? o baixo pre?o pago pelas ind?strias produtoras de suco. ?Temos uma excessiva concentra??o da industrializa??o na m?o de quatro empresas que t?m atuado de forma cartelizada. Elas est?o plantando os seus pr?prios pomares e ganhando poder brutal de negocia??o, a ponto de impor pre?os que n?o cobrem sequer o custo de colheita e transporte?, afirma.

 

Pre?o invi?vel

 

O produtor M?rcio Celim, de Pirassununga, na regi?o nordeste do Estado de S?o Paulo, confirma a situa??o. Segundo ele, a caixa de laranja, com 40,8 quilos, custa R$ 12,00 para ser produzida, mas ? vendida, em m?dia, a R$ 5,00. No munic?pio, 75% dos produtores est?o sem contrato para a venda do produto. ?N?o tem mais condi?es de produzir. A gente ainda tem que enfrentar o greening e, sem pre?o, a gente n?o consegue controlar a doen?a?, desabafa. Para ele a solu??o seria uma interven??o do governo com as grandes empresas para incentivar a compra da produ??o de pequenos e m?dios agricultores.

 

Na ?ltima sexta-feira (10), mais de 100 produtores da regi?o de Pirassununga se reuniram com o Sindicato Rural e com o secret?rio do Com?rcio, Ind?stria e Agricultura do munic?pio, Nilson Ara?jo, para discutir uma alternativa para o problema. Os participantes decidiram fortalecer o movimento e promover um novo encontro para tentarem agendar uma audi?ncia com o governador do Estado, Jos? Serra.

 

?Nossa grande preocupa??o s?o as d?vidas dos produtores, que est?o sem condi?es de cumprir com seus compromissos?, conta o presidente do Sindicato Rural de Pirassununga, Pedro Toneti.

 

O greening ? outro problema que tem prejudicado a produ??o e gerado preju?zos aos citricultores. ?Os ?rg?os de pesquisa precisam investir. Outros pa?ses j? usam como alternativa produtos que garantem a sobrevida da planta com a doen?a. Aqui, n?s temos a instru??o normativa que determina que a planta tem que ser erradicada, sem indeniza??o para o produtor?, reclama.

 

Indeniza??o por greening seria sa?da, apontam produtores

 

A crise no mercado citr?cola ? t?o latente que muitos produtores n?o acreditam numa rea??o, mesmo a longo prazo. Na verdade, a expectativa ? de que os pomares percam cada vez mais espa?o, at? que a produ??o deixe de ser explorada.

 

Na regi?o de Bauru, no interior de S?o Paulo, os irm?os Kyuso e Sadao Minami trabalham na atividade h? cerca de 40 anos. Desanimados, contam que n?o veem ?a cor do dinheiro? h? muito tempo. Na opini?o deles, al?m de um pre?o m?nimo para a laranja, o governo deveria estabelecer uma indeniza??o por ?rvore arrancada do pomar em decorr?ncia do greening.

 

?A gente perde muita planta por causa dessa doen?a. Al?m disso, precisamos investir muito para preveni-la. Hoje, temos de usar muito mais veneno do que 5 anos atr?s. Isso encarece muito o custo de produ??o e s? faz aumentar o nosso preju?zo?, justifica Sadao.

 

Os irm?os possuem uma ?rea de 20 alqueires com 15 mil p?s de laranja-p?ra e ponkan em Bauru. Nas ?ltimas semanas, tiveram de arrancar mais de 500 ?rvores que estavam infectadas pelo greening.

 

?Na minha opini?o n?o ? de cr?dito que precisamos, mas de uma indeniza??o no caso do greening e de uma pol?tica de pre?o m?nimo para a laranja?, reclama Sadao.

 

O produtor conta que hoje n?o consegue vender a caixa de 40,8 quilos com laranja e ponkan para mesa por mais de R$ 10,00. Para a ind?stria, a mesma caixa ? comercializada por um pre?o ainda menor: R$ 3,50.

 

?Por esses n?meros voc? v? que a gente n?o tem lucro nenhum. Hoje, ficamos no empate. Faz tempo que n?o vemos a cor do dinheiro. A situa??o est? muito dif?cil?, diz Kyuso. Segundo ele, quando o pomar n?o enfrenta nenhum tipo de problema e o escoamento da produ??o normal, cada alqueire rende cerca de R$ 10 mil. Pelo menos 40% s?o absorvidos pelo custo de produ??o. ?Mas hoje, a situa??o n?o ? essa. O greening tem atrapalhado muito e a ind?stria e o mercado n?o tem comprado. Vamos perder muita laranja nos p?s por n?o ter a quem vender?, completa o produtor.

 

Mudan?a de ramo

 

Para os irm?os Minami ? dif?cil tentar outro ramo dentro da agricultura. Como trabalham com produ??o de laranja h? 40 anos ? of?cio que herdaram do pai ? ainda n?o sabem para que atividade migrar se tiverem de abandonar a citricultura, como preveem para breve.

 

?Se a situa??o continuar assim, em tr?s anos n?o teremos mais um p? de laranja. N?o vejo luz no fim do t?nel. Acredito que a nossa gera??o seja a ?ltima a cultivar essa fruta na nossa regi?o (de Bauru). N?o compensa mais. Se eu soubesse fazer outra coisa, com certeza n?o estaria aqui, mexendo com laranja?, desabafa Sadao.

 

Fonte: http://www.camponews.com.br


<<Voltar << Anterior


Indique esta notícia
Seu nome:
Seu e-mail:
Nome Amigo:
E-mail Amigo:
 
  publicidade +
" target="_blank" rel="noopener noreferrer">
 

Associtrus - Todos os direitos reservados ©2023

Desenvolvido pela Williarts Internet
Acessos do dia: 383
Total: 3.920.620
rajatoto rajatoto2 rajatoto3 rajatoto4 https://bakeryrahmat.com/ https://serverluarvip.com/ https://pn-kuningan.go.id/gacor898/ https://pn-bangko.go.id/sipp/pgsoft/ https://sejarah.undip.ac.id/lama/wp-content/uploads/