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Estado: Ponto de vista dos produtores.

29/10/2009

Em mat?ria publicada nesta ter?a-feira (27/10), no jornal O Estado de S?o Paulo, intitulada ?Mitos e desafios da citricultura brasileira?, o jovem presidente da CitrusBR demonstra desconhecer uma parte importante da nossa hist?ria.

Em primeiro lugar, o que se conhece da nossa citricultura ? resultado de um trabalho recente de reorganiza??o dos citricultores, cansados da falta de transpar?ncia e das manipula?es do setor industrial, que est? sendo investigado por carteliza??o. N?o h? como negar a pujan?a e a import?ncia deste neg?cio para o Brasil, por?m, distorcendo os fatos, a ind?stria quer-se apossar de um feito que resultou do trabalho de milhares de citricultores, que hoje s?o rotulados de incompetentes. Foi com esses citricultores que a ind?stria de suco de laranja come?ou no Brasil nos anos 60 e, em meados dos anos 80, j? ultrapassava a citricultura da Fl?rida, at? ent?o l?der do setor.

10 a caixa, foram reduzidos para US$ 1,50 ou menos.

Em 1994, as empresas assinam um Termo de Ajuste de Conduta com o CADE, comprometendo-se a n?o combinar pre?os, n?o dividir produtores, entre outras pr?ticas, mas ao mesmo tempo o CADE pro?be o Contrato Padr?o, uma importante conquista dos citricultores, que assegurava uma correspond?ncia entre o pre?o do suco e o da laranja. Como retalia??o, as ind?strias repassaram aos citricultores, sem nenhuma compensa??o, o ?nus da colheita e o frete; enquanto mantinham as pr?ticas condenadas pelo CADE, conforme os documentos entregues ? SDE e que serviram de base para a ?Opera??o Fanta?, em janeiro de 2006 - na qual cinco ju?zes federais autorizaram busca e apreens?o nas empresas, casa de diretor e na sede da associa??o das empresas. Importantes documentos e at? metralhadoras foram apreendidos. Inicia-se um processo de negocia??o, inicialmente entre a Associtrus e a Cutrale que, logo a seguir, foi assumido pelo Senador Mercadante, ent?o candidato ao governo do estado. Depois de mais de dez reuni?es, fomos surpreendidos com a informa??o de que o CADE iria aprovar um acordo pelo qual a ind?stria faria uma ?contribui??o? de R$ 100 milh?es e, em contrapartida, receberia os documentos apreendidos, ainda lacrados e o processo seria encerrado. Gra?as ? interven??o do promotor p?blico que atua junto ao CADE, o acordo foi inviabilizado, por?m parte dos documentos ainda n?o foi liberada para an?lise e o SDE desenvolve as investiga?es num ritmo extremamente lento e elas n?o t?m recebido da m?dia a cobertura correspondente ? sua import?ncia. Os citricultores sabem que a atua??o da ind?stria n?o se alterou, apesar das investiga?es, e que elas atuam como se tivessem a certeza da impunidade conferida pelas suas rela?es pol?ticas e pelo seu poder econ?mico. Uma justificativa da pol?tica dirigida ? concentra??o do setor pela exclus?o dos pequenos e m?dios produtores foi publicada, em mar?o de 2003, em editorial da Abecitrus e confirmada em entrevistas. O fato ? que, desde meados da d?cada de 90, mais de 20 mil citricultores foram expulsos do setor e a ind?stria, financiada pelos baixos pre?os pagos aos citricultores e pelo BNDES, plantou desde ent?o cerca de 90 milh?es de ?rvores, verticalizando a produ??o e aumentando seus poder de intervir no mercado. Hoje essa ind?stria, com suas alian?as estrat?gicas com as grandes engarrafadoras (Coca Cola, Pepsi Cola e outras), controla 50% da fruta processada na Fl?rida.

? importante notar que na Fl?rida essa ind?stria n?o controla a produ??o de laranja como faz aqui e que os citricultores de l? t?m tido um tratamento totalmente diferente. Apesar da crise e do fato de 85% dos estoques mundiais de suco estarem nos EUA, os citricultores de l? est?o recebendo pre?os remuneradores, acima de US$9 por caixa e muito acima dos pre?os da Bolsa de Nova York, que, inexplicavelmente, vem sendo mantida a n?veis muito inferiores aos custos de produ??o, o que nos leva a perguntar quem s?o os vendedores de suco t?o barato!

500 a US$ 800. Embora a ind?stria queira dar a impress?o de que o que ocorre no Brasil, no setor da citricultura, ? uma decorr?ncia das for?as de mercado, n?s afirmamos que a concentra??o, a verticaliza??o e a eventual carteliza??o deste setor distorcem brutalmente este mercado e est?o destruindo um setor competente e din?mico da nossa economia.

Autor: Fl?vio Viegas - Presidente da Associtrus e da C?mara Setorial da Cadeia Produtiva da Citricultura.

Data Edi??o: 28/10/09

Fonte: O Estado de S?o Paulo


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