Por: Fl?vio Viegas

O USDA publicou, no dia 9 de fevereiro, a revis?o mensal da estimativa de safra de laranja da Fl?rida- a primeira depois das geadas. A produ??o de laranja foi estimada em 129 milh?es de caixas- uma quebra de 21% em rela??o ? safra passada e uma redu??o de quase 50% em rela??o ? produ??o de 2003-04, que antecedeu os furac?es de 2004 e 2005. Esse n?vel de produ??o ? igual ao de 2006-07, que elevou os pre?os da laranja, na Fl?rida, a patamares superiores a US$15 por caixa, triplicando seu pre?o e  acompanhando as cota?es do suco na bolsa de NY.

07 a produ??o brasileira era de 350 milh?es de caixas e, hoje, estima-se que n?o chegar? a 300 milh?es de caixas, gerando um enorme desequil?brio entre oferta e demanda, o que vai ocasionar aumento de pre?os ao consumidor para ajustar a demanda ? oferta. A cota??o do suco de laranja na bolsa praticamente dobrou nos ?ltimos 12 meses: o seu valor supera US$2000,00 e o suco concentrado j? est? sendo ofertado por US$2200,00 na Europa.

O NFC brasileiro est? sendo mantido a US$600/t na Europa o que equivale a US$ 3600,00 por t de concentrado.

A rea??o dos pre?os desmente as insistentes informa?es da ind?stria sobre os ?altos estoques?, nunca quantificados.

O crescimento das vendas no varejo nos EUA persiste, impulsionado pela redu??o de margens das ind?strias e dos engarrafadores, resultando em redu??o do pre?o do suco ao consumidor, apesar do aumento do suco na bolsa.

Assim, ficam mais fortes os fundamentos do mercado de suco, com quebra na produ??o no Brasil e nos EUA, baixos estoques e demanda em alta. Resta saber quando e quanto a ind?stria vai pagar pela laranja nas pr?ximas safras.

H? not?cias de que os mercadistas est?o pagando R$11,00 pela hamlin, R$13,00 pela natal e Val?ncia e acima de R$14,00 pela p?ra.

Quem sabe explicar qual a raz?o pela qual as ind?strias n?o se preocupam em assegurar a mat?ria-prima para atender a seus clientes, aumentar a sua participa??o no mercado e at? mesmo antecipar-se a um eventual aumento excessivo da mat?ria-prima?