17/05/2010
S?O PAULO - O estado norte-americano da Fl?rida ganhou um concorrente de peso no mercado de c?tricos. Com a fus?o da Citrosuco, do grupo Fischer, com a Citrovita, do grupo Votorantim, a empresa combinada ter? 25% do mercado global. No front interno, o acordo tamb?m ter? impacto, j? que a participa??o da nova companhia ser? de 50%. Por conta disso, a Associa??o Brasileira de Citricultores (Associtrus) levar? ao Conselho Administrativo de Defesa Econ?mica (Cade) na quinta-feira pedido de reavalia??o do neg?cio.

A nova empresa, que ter? faturamento de R$ 2 bilh?es por ano, ir? superar a rival Cutrale.

"A ideia ? verificar se esse acordo vai mesmo se manter", afirmou Fl?vio Viegas, empres?rio e presidente da Associtrus.

Tales Lemos Cubero, presidente da Citrosuco, e Mario Pavaresco Jr., presidente da Citrovita, foram questionados sobre a possibilidade de o ?rg?o impor restri?es ao neg?cio. Para os executivos, ? importante criar uma empresa em condi?es de fazer frente a um movimento de consolida??o de companhias instaladas nos Estados Unidos e na Europa. "O neg?cio aumenta o poder da ind?stria nacional a um n?vel internacional", destacou Cubero.

Segundo Viegas, o acordo entre as duas gigantes diminui a concorr?ncia no mercado, tira espa?o dos produtores e deixa o setor industrial concentrado.

"Com o fortalecimento das ind?strias, os players ser?o reduzidos no mercado", disse. De acordo com o presidente da Associtrus, outra desigualdade ? o market share. "Por exemplo, a Citrosuco, que detinha 30% de market share, e a Citrovita, que assegurava cerca de 15%, agora ter?o os seus valores somados para cerca de 45%", falou.

A companhia ter? potencial para exportar para mais de 80 pa?ses e ter? capacidade instalada de processar acima de 40% de todo o suco de laranja produzido e exportado pelo Brasil.

Os executivos n?o revelaram detalhes da opera??o, que envolve os ativos de processamento de suco dos grupos Fischer e Votorantim, mas ressaltaram que n?o existem pretens?es de a empresa abrir capital no momento. Os dois tamb?m n?o tra?aram proje?es sobre o prazo para a conclus?o da opera??o.

A companhia ser? composta por seis f?bricas no interior de S?o Paulo e uma na Fl?rida, al?m de operar terminais portu?rios no Brasil, nos Estados Unidos, na Europa e na ?sia; e navios pr?prios e fretados.

A nova empresa, segundo os executivos, ter? capacidade de processar acima de 40% a 50% de uma safra total brasileira, equivalente a cerca de 160 milh?es de caixas de suco.


Fonte: DCI - Diego Costa