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Para evitar suspenso de fuso, Citrovita e Citrosuco vo ao Cade

21/05/2010

Preocupados com a possibilidade de suspens?o da fus?o, representantes da Citrovita e da Citrosuco estiveram, na quinta-feira, no Conselho Administrativo de Defesa Econ?mica (Cade). Eles resolveram se antecipar ao prazo formal para a notifica??o do neg?cio ?s autoridades antitruste, que vai at? 4 de junho. Motivo: o hist?rico recente do Cade de suspender grandes fus?es e aquisi?es, antes do julgamento final.

Essas suspens?es podem acontecer por duas formas: ou o Cade baixa medida cautelar, impondo ?s empresas a separa??o da fus?o at? o julgamento final, ou as companhias assinam um Acordo de Preserva??o da Reversibilidade da Opera??o (Apro) com o ?rg?o antitruste fixando as condi?es para manter estruturas separadas at? a decis?o final do Cade.

No caso da compra da Medley pela Sanofi-Aventis, o Cade chegou a baixar medida cautelar para suspender o neg?cio e, depois de adotada essa medida, foi assinado um Apro. O neg?cio foi aprovado na quarta-feira sob a condi??o da venda de tr?s marcas de medicamentos. Houve a assinatura de Apros em outras fus?es e aquisi?es de destaque, como a compra da Brasil Telecom pela Oi e a aquisi??o da Sadia pela Perdig?o.

No encontro realizado na quinta-feira com tr?s dos sete conselheiros do Cade, representantes da Citrovita e da Citrosuco manifestaram a inten??o de permanecerem abertos ao di?logo.

"Estamos tranquilos em rela??o ? opera??o, mas queremos deixar canal aberto para conversar", afirmou Giani Nunes de Ara?jo, advogada da Citrovita. O objetivo, de acordo com ela, foi mostrar a predisposi??o das empresas. "Elas querem reduzir custos, ganhar efici?ncia e ser mais competitivas no mercado mundial, onde o suco se destina", enfatizou a advogada.

Os conselheiros ouviram ainda que a fus?o ser? notificada ?s autoridades antitruste da Europa e dos Estados Unidos. Em ambas, a aprova??o das fus?es ? pr?via. Isso significa que o neg?cio s? ser? efetivado na pr?tica depois de aprovado pelos "Cades" europeu e americano. Esse argumento foi utilizado para tranquilizar os conselheiros e garantir que a uni?o das estruturas da Citrovita e da Citrosuco n?o ser? imediata.

Mesmo no Brasil, a opera??o s? ser? concretizada em alguns meses, pois existe uma s?rie de etapas at? a uni?o final entre as empresas. Por esse motivo, as empresas entendem que n?o ? caso de cautelar nem de Apro, mas, anteciparam-se a eventuais questionamentos e foram conversar com os conselheiros.

As empresas disseram, ainda, que cerca de 95% da produ??o ? voltada para a exporta??o. "Toda a dedica??o do mercado ? internacional", afirmou a advogada.

Fonte: Valor Econ?mico


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