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Boas práticas na cadeia citrícola

10/02/2011


As práticas agrícolas dizem respeito ao processo produtivo na linha do desenvolvimento sustentável, com respeito ambiental e social, para produzir alimentos seguros. Já o fair trade implica vender e comprar com base no equilíbrio econômico entre os vários agentes.

Como proposta para ampliarmos a abrangência da adoção de boas práticas, para qualquer momento e lugar da produção de um bem e serviço, tomaremos por base a citricultura. O Brasil representa 38% da produção mundial de laranja, sendo São Paulo responsável por mais de 90% das exportações brasileiras de suco de laranja, com o maior pomar do mundo, acima de 200 milhões de árvores.

Iniciamos um processo de aproximação entre os elos da cadeia, com reuniões entre produtores, indústria processadora, e os institutos de pesquisa agropecuária na Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Os conflitos dentro da citricultura paulista chegaram ao limite. Seus integrantes concluíram que não dava mais para prosseguir na toada do confronto.

Baseados na primeira lição das boas práticas, a transparência, iniciamos as conversas, centradas em três pontos:

Confrontos do passado não condicionam um modelo de convivência no setor (a questão do Cade está fora);

Necessidade de estimativa de safra conjunta;

Estudos de modelos de formatação de preços para o estabelecimento dos contratos.

Se resolvidos esses tópicos, a cadeia viverá um outro momento, com base no princípio das boas práticas. Ninguém dentro ou fora da citricultura discorda disso.

Formamos um grupo de trabalho técnico, composto por pesquisadores do IEA, Cepea (Esalq/USP), FGV e pelos representantes do campo e da indústria. Seu objetivo é finalizar uma proposta-padrão de divulgação de safra, modelos de convivência de compra e venda entre as partes e as bases do Foro do Conselho de Citros (nome ainda provisório).

Na Flórida (EUA), nosso maior concorrente na produção de laranja e suco, as placas dos automóveis identificam o estado como a grande região produtora de citros do mundo. Em São Paulo, apesar de ser o terceiro item no valor da produção agropecuária e das exportações do agronegócio, não se toca no assunto para evitar conflito. Temos de nos orgulhar de sermos a potência que somos na atividade e construirmos uma relação baseada em boas práticas.

A citricultura paulista é desenvolvida predominantemente pela classe média rural, que garante o emprego de 400 mil pessoas no campo e na indústria. Traz negócios para o setor de insumos, de serviços e para as cooperativas. Já mostrou capacidade de articulação e convivência com a criação do Fundecitrus, exemplo único no País de aliança do setor produtivo para a pesquisa e combate às doenças.

A meta do plano é chegar, ainda no primeiro trimestre deste ano, ao consenso no setor. Preparar muitas notícias para informar sobre a data anual para divulgação da estimativa de safra, o modelo de convivência contratual no setor, o seguro contra doenças, a negociação de contratos e opções na Bolsa. O passo seguinte é adotarmos a laranja como a fruta-símbolo das boas práticas.

João Sampaio, João Sampaio é produtor rural e secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.


Fonte: Revista Agranalysis - Edição fev 2011

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