15/06/2005
Ant?nio Juan sober?n Ferrer, presidente do Conselho Estatal Citr?cola de Vera Cruz (MEX), re?ne-se com o presidente da Associtrus, Fl?vio Viegas, para discutir a possibilidade da uni?o das associa?es de citricultores brasileiros, mexicanos e norte-americanos.

Cerca de vinte representantes de citricultores mexicanos visitam o Brasil, com o objetivo de conhecerem a citricultura do pa?s e discutirem assuntos comuns aos dois pa?ses no se que refere ? rela??o ind?stria e citricultores.

Em reuni?o com o presidente da Associtrus (Associa??o Brasileira de Citricultores), Fl?vio Viegas, o presidente do Conselho Estatal Citr?cola de Vera Cruz (MEX), Ant?nio Juan sober?n Ferrer, ressaltou a import?ncia da uni?o das associa?es de citricultores brasileira, mexicana e americana na luta contra o poder imposto pela ind?stria no mercado de citros. ?O produtor ? a parte mais importante da cadeia produtiva. Afinal, ele ? o dono da terra, ? quem produz o alimento. N?o podemos ficar nas m?os das ind?strias, por isso ? importante que as associa?es de citricultores do Brasil, da Fl?rida e do M?xico se unam em prol da forma??o de uma organiza??o forte, capaz de lutar por uma remunera??o justa para todos os envolvidos na cadeia produtiva?, diz Ant?nio Ferrer.

O trabalho que a Associtrus realiza em prol dos citricultores brasileiros serve de modelo para os mexicanos. ?Eles passam pelas mesmas dificuldades enfrentadas pelos citricultores no Brasil, por isso, em visita a Bebedouro, Ant?nio Ferrer se reuniu conosco com o prop?sito de sugerir a uni?o das associa?es brasileira, mexicana e norte-americana para que a gente ganhe for?a internacional e tenha mais poder de negocia??o diante dos nossos fornecedores e das ind?strias que compram os nossos produtos. O processo de unifica??o ? mais um passo na organiza??o dos citricultores e, naturalmente, ter? resultados a m?dio e longo prazos?, diz Fl?vio Viegas.

O Conselho Estatal C?tricola de Vera Cruz surgiu h? cinco anos a partir da baixa remunera??o imposta pela ind?stria aos produtores, do aparecimento da tristeza dos citros e da queda da safra em fun??o da falta de condi?es financeiras dos produtores de investirem em insumos. ?No ano dois mil, por conta da baixa remunera??o imposta pela ind?stria aos citricultores, houve uma grande mobiliza??o no M?xico. Os produtores bloquearam a entrada dos caminh?es nas ind?strias, motivando a cria??o do Conselho Estatal cujo objetivo ? unir a cadeia produtiva, modernizar a citricultura e deix?-la rent?vel para todos?, diz Ant?nio Ferrer.

A integra??o dos seis centros de pesquisa de Vera Cruz e o apoio dos trinta mil citricultores do Estado (respons?vel por 50% da produ??o mexicana) ao Conselho Estatal resulta em a?es efetivas contra a verticaliza??o do mercado citr?cola. ?A safra 2006/2007 promete diminuir de 4 milh?es para 2,5 milh?es de toneladas em fun??o de problemas clim?ticos e os citricultores j? fecharam um acordo para vender toda a produ??o para o mercado interno, ou seja, a ind?stria ficar? sem laranja. Nossa inten??o ? que, daqui a tr?s anos, no m?ximo, a ind?stria se veja obrigada a assinar um conv?nio com os citricultores, estabelecendo uma porcentagem de remunera??o m?nima com base no lucro da ind?stria?, observa Ant?nio Ferrer.

A import?ncia do apoio dos citricultores ?s associa?es ? fundamental para a forma??o de uma organiza??o com for?a de representatividade mundial. ?China, Brasil, M?xico e EUA s?o respons?veis por toda a produ??o mundial. A China consome sozinha toda a sua produ??o, por isso, se Brasil, M?xico e Fl?rida se unirem ter?o for?a suficiente para impor uma remunera??o justa para todos os envolvidos na cadeia produtiva?, diz Ant?nio Ferrer. ?? importante que o citricultor tenha consci?ncia de precisa se organizar para ter for?a pol?tica e para poder se impor, porque, caso contr?rio, transferiremos todos os nossos ganhos, quando estes existirem, para os fornecedores de mat?ria-prima ou para as ind?strias?, finaliza Fl?vio Viegas.