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Professor da USP faz análise sobre a indústria do suco de laranja

16/01/2012


O professor da USP de Ribeirão Preto, Marcos Fava Neves lançou, semana passada, a segunda fase de estudos sobre a cadeia citrícola.

Intitulada Análise de uma década da cadeia de laranja, a pesquisa traz um exame inédito sobre as margens operacionais médias das indústrias nos últimos dez anos, com o objetivo de mostrar o balanço econômico dos últimos dez anos em relação e o desempenho citrícola exportador de suco de laranja congelado em seus mais diversos elos.

De acordo com Neves, os dados foram obtidos por meio de entrevistas, participações em eventos mundiais para a coleta dos dados com engarrafadores e varejistas.

Associados da CitrusBR (Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos) também fizeram parte da pesquisa, enviando dados considerados estratégicos de cada empresa.

O estudo traz informações importantes, sendo difícil levantar o que é mais relevante. Acredito que um dos pontos mais altos do trabalho é a análise das margens operacionais obtidas com a compra de laranja de fornecedores em relação às margens obtidas pelas indústrias com os seus pomares próprios.

Ele afirma que o que sustentou a margem das indústrias nos últimos anos foram os pomares próprios, remetendo aos elevados investimentos feitos na produção agrícola.

Durante a década analisada foram adquiridas 1,8 bilhão de caixas de laranjas de fornecedores, correspondendo a 65% de toda a laranja processada na década.

Além disso, houve uma variação de margem, com resultado operacional positivo na safra 2006/2007 (US$ 1,61 por caixa) e negativo na safra de 2009 (US$ 1,62).

Durante a década analisada, a compra de frutas de fornecedores não trouxe lucro à indústria, considerando as medidas de preços pagos.

Já os pomares próprios das indústrias corresponderam cerca de 35% do abastecimento, com 100 milhões de caixas. A laranja própria da indústria, produzida a custos mais baixos em relação à fruta adquirida de seus fornecedores, propiciou uma margem operacional média de US$ 1,17 por caixa.

PRODUTIVIDADE

Mas para os próximos anos ainda há muito trabalho a ser feito e o professor lembra que a produtividade é a palavra da ordem para a citricultura. Será preciso criar ferramentas para trazer os produtores que estão em faixas menos produtivas para as mais confortáveis e com controle rigoroso de custos.

NEGOCIAÇÕES

Outro ponto analisado é o deslocamento de preços entre os registrados em relatórios internacionais, os preços praticados e os auditados no mercado.

Entre o que reporta a publicação e o que as empresas efetivamente negociam, existe uma diferença de, aproximadamente, US$ 1 bilhão que não chegaram à cadeia citrícola brasileira.

O brasileiro está financiando o suco barato comprado na gôndola pelo consumidor europeu.

OSCILAÇÃO DOS PREÇOS PAGOS

Ele ainda cita vários pontos importantes do estudo, mostrando a diferença e oscilações do preço da fruta. De um ano para o outro, a diferença de produção na oferta de fruta pode chegar a 40%, graças às condições climáticas antes e depois da florada, intempéries como secas prolongadas ou geadas.

Além disso, nos últimos sete anos as oscilações de demanda não ultrapassaram 3% entre os anos, causando impacto nos preços pagos pela fruta.

CUSTOS

O custo saltou de U$ 1,31 para U$ 3,96 por caixa de 40,8 Kg. Nesses cálculos estão inclusos os custos de colheita e transporte dos frutos, porém, está excluído o cálculo de depreciação e amortização do capital investido.

E ainda lembra que 95% da produção são destinadas ao mercado internacional, mas a valorização cambial drenou fortemente a renda do setor, principalmente dos produtores de laranja, os quais não ficaram satisfeitos com os resultados obtidos na atividade devido ao enfraquecimento do dólar.

Um dos maiores problemas enfrentados pelo setor é a inflação do dólar, que causou impacto nos custos de produção.

PRODUTORES

Já a principal reclamação dos produtores nos últimos anos é o preço pago pela caixa de laranja.

A Associtrus (Asssociação Brasileira de Citricultores) defende a valorização dos preços, pois muitas vezes o custo da produção acaba sendo maior em relação ao recebido das indústrias.

Na tentativa de tornar o mercado justo, produtores e indústrias se reúnem desde o ano passado para a criação do Consecitrus, um grupo técnico para discussão dos parâmetros de remuneração dos produtores de laranja.

Mas muitos impasses entre indústrias e produtores ainda precisam ser resolvidos, os quais defendem idéias diferentes sobre o conselho.

Já no último mês de dezembro foi realizado um encontro com a coordenação do ex-secretário da agricultura de São Paulo, João Sampaio.

Segundo a Assessoria de Imprensa da CitrusBR, dirigentes das indústrias de suco debateram a importância da criação de um conselho com o objetivo de harmonizar a cadeia.

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