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Citricultores correm o risco de ver sua produção apodrecer nos pés por sanha do cartel das múltis

02/07/2012

Publicação: 29-06-2012



Os produtores de frutas cítricas estão sofrendo ameaças por parte das indústrias multinacionais de não ter 80 milhões de caixas de laranja compradas na safra 2012/2013.

Numa situação em que apenas três multinacionais monopolizaram todo o mercado brasileiro, Citrosuco (Grupo Fischer), Cutrale e Dreyfus, e também o mundial, além de estarem associadas com as grandes engarrafadoras de sucos (por ex., Coca-Cola), os produtores brasileiros tornaram-se reféns dessas múltis. Assim, com o objetivo de pagar o valor que quiserem pela laranja, as empresas afirmam agora que não irão comprar as variedades de laranja precoce, que dão início à safra.

A justificativa das múltis é a de que houve uma redução de 3% no mercado europeu de suco de laranja. Já nos EUA, o que existe é uma suspensão da compra do suco brasileiro, devido ao uso de um agrotóxico nos pomares. Vale lembrar que a maioria dos agrotóxicos é de monopólios norte-americanos como a Monsanto.

“Os produtores rurais brasileiros sofrem com concentração no setor, que provoca imposição de contratos unilaterais, pagamento de preços abaixo de custo e impondo prejuízos a todo setor”, destaca nota de orientação da Associtrus (Associação Brasileira de Citricultores), onde recomenda medidas para tentar minimizar o prejuízo dos produtores.

A falta de acordo está aprofundando a crise na citricultura e muitos produtores já pensam em migrar para outras culturas. A cidade de São Carlos, no centro-oeste paulista passa agora por um grande problema. Milhares de trabalhadores rurais dependem da colheita da laranja para garantir a comida de suas famílias.

Na quarta-feira, os produtores se reuniram com o Ministério da Agricultura, em Brasília, em busca de saídas para amenizar a situação. Uma delas é a prorrogação da Linha Especial de Crédito (LEC) lançada no ano passado para garantir, com o financiamento da estocagem de suco, o escoamento da colheita recorde de 2011/12.

Mas mesmo essa alternativa não será tão favorável já que o monopólio rebaixou ainda mais o valor da caixa de laranja, conforme reconheceu o presidente da CitrusBR (cartel que representa os interesses das multinacionais), Christian Lohbauer, em encontro com jornalistas em São Paulo.

Quando a linha foi criada pelo governo federal, as cotações internacionais do suco ainda estavam elevadas e foi garantido ao citricultor um preço mínimo de R$ 10 por caixa de 40,8 quilos que fosse ser transformada no suco que seria estocado. Lohbauer não fala em valores agora, mas no segmento comenta-se que uma eventual prorrogação da LEC garantiria, no máximo, R$ 7 por caixa ao produtor, patamar insuficiente para cobrir os custos.


Fonte: http://www.horadopovo.com.br/2012/06Jun/3069-29-06-2012/P4/pag4b.htm


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