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Qual Consecitrus?

19/09/2013

Hoje, mais uma vez, foi publicada uma matéria que trata de questões referentes à citricultura, onde a Associtrus e a FAESP, que não foram ouvidas, são apontadas como entidades que estão retardando importantes medidas que muito contribuiriam para a transparência da cadeia produtiva da citricultura.

Não existe nenhum impedimento por parte das entidades e nem do CADE em relação à transparência das informações. O CADE, inclusive, reconhece que um dos problemas do setor é a assimetria das informações e obrigou a Citrosuco-Citrovita a divulgar as informações aos seus fornecedores.

O que continuamos a ver é a manipulação dos números e das informações. Há enormes discrepâncias entre os valores de registro e os preços dos sucos no mercado europeu, nosso principal mercado; há também divergências entre os dados sobre a quantidade de fruta processada, suco produzido, estoques publicados pela indústria e pelo USDA. Em relação às estimativas de safra, a laranja foi incluída, em 2003, entre os produtos cuja safra seria estimada pela Conab, mas somente em 2010 foi possível fazer a primeira estimativa, pois as indústrias não permitem a entrada dos técnicos em seus pomares e só aceitaram participar com a condição de que os dados seriam fornecidos por elas e, mesmo assim, as informações foram parciais, o que impediu uma previsão precisa e independente e que os dados fossem atualizados durante a safra. Este problema perdura até hoje.

Já que há disposição para a transparência, queremos entender por que essa mesma indústria rejeita no Brasil as variedades precoces e compra apenas parte das variedades médias e tardias pelas quais paga R$ 6,00 a R$7,00, enquanto nos EUA, onde há contração da demanda e alta relação estoque/demanda, toda a safra, que é constituída em 50% de variedades precoces, é adquirida por preços equivalentes a R$30,00 por caixa.

Essa matéria, tendenciosa, objetiva indispor os citricultores desinformados com as entidades que estão defendendo-os de um cartel que já excluiu mais de 20 mil citricultores do negócio e pretende controlar o mercado mundial de suco de laranja, aliada a um pequeno número de grandes citricultores, provocando um enorme impacto econômico e social na região citrícola.

Adicionalmente fica a pergunta de qual Consecitrus estamos falando. Quem primeiro propôs o Consecitrus foi a Associtrus, no início dos anos 2000, mas essa proposta foi rejeitada pela indústria.

A indústria só passou a discutir o Consecitrus por imposição do CADE, depois da fusão da Citrosuco-Citrovita. A partir de então, a indústria passou a tentar impor um Consecitrus totalmente distorcido e tendencioso e, para aumentar ainda mais a confusão, criou uma entidade chamada Consecitrus, também controlada por ela. Isto causa uma enorme confusão entre as pessoas que não acompanham o assunto com a devida atenção.

Caberia ao CADE impedir que a “entidade” Consecitrus utilize o nome ou passe a denominar-se ConsecitrusBr, para deixar clara sua ligação com a indústria.

Não há nenhum impedimento por parte do CADE ou das entidades representativas que a indústria torne transparentes as informações a respeito do setor, ao contrário apoiamos a iniciativa e sugerimos que seja esclarecido o nível de verticalização das industrias, não só através dos pomares próprios em propriedades das industrias , de seus controladores, ou em terras arrendadas, mas também nos contratos de participação. O nível de verticalização que permite que a indústria através dos seus próprios pomares assegurar mais de 50% da fruta que processam e além disso controlar o mercado de fruta fresca através de liberação da fruta própria a baixos preços no mercado interno. Esperamos informações confiáveis e verificáveis sobre os demais números do setor.

O Consecitrus que a indústria encaminhou ao Cade não é o que a Associtrus e Faesp defendem, é o ConsecitrusBr. Estamos trabalhando para apresentar ao CADE uma nova proposta que atendam os interesses dos citricultores. Fiquem atentos! O Ministério da Agricultura prometeu a representantes do setor da citricultura incluir a laranja no Programa de Preço Mínimo. O valor estipulado é de R$ 10,10 a caixa. A medida, agora, precisa ser aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).


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