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Citricultura acusa a indstria de cartel

24/10/2006
Quatro empresas j? dominam 70% da produ??o mundial de suco BEBEDOURO (SP) A receita bruta do citricultor brasileiro neste ano dever? somar R$ 8 bilh?es, com crescimento de 21% ante 2005, segundo c?lculos da RC Consultores, que levou em conta dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE) e da Funda??o Get?lio Vargas (FGV). Enquanto isso, os pre?os m?dios do suco de laranja no mercado externo aumentaram o equivalente a 45% em reais e a cota??o m?dia da fruta no atacado paulista subiu 17%. Nas contas do consultor F?bio Silveira, que fez os c?lculos a pedido do Estado, existe um descompasso entre a remunera??o dos citricultores e das ind?strias, que reflete a concentra??o do setor no processamento da fruta. ?O poder de barganha dos processadores de suco ? maior por defini??o em raz?o do grau de concentra??o das ind?strias e da maior agrega??o de valor ao produto final?, explica o economista. De acordo com o vice-presidente da Associa??o Brasileira dos Citricultores (Associtrus), Douglas Eric Kowarick, 15 anos atr?s existiam cerca de 20 ind?strias processadoras de laranja no Pa?s. Hoje o mercado nacional ? dominado por quatro grandes empresas. Juntas elas respondem por 70% da produ??o mundial de suco de laranja, observa. Ele destaca tamb?m que o n?mero de produtores encolheu nesse per?odo. Havia no Estado de S?o Paulo 25 mil citricultores e hoje existem cerca de 7 mil. Foi exatamente essa concentra??o dos esmagadores de laranja que levou os produtores a moverem um processo contra a ind?stria, ainda em andamento. Os citricultores alegam forma??o de cartel no pre?o de compra da laranja. VERTICALIZA??O Kowarick ressalta tamb?m que a ind?stria nesse per?odo iniciou um processo de verticaliza??o da produ??o e passou a cultivar pomares pr?prios, o que reduziu a depend?ncia dos produtores. ?Hoje as ind?strias t?m 38 milh?es de p?s de laranja, o que corresponde a um ter?o da fruta processada.? O presidente da Associa??o Brasileira dos Exportadores de C?tricos (Abecitrus), Ademerval Garcia, contesta os dados dos produtores e as acusa?es de carteliza??o. Segundo ele, os pomares da ind?stria respondem hoje por cerca de 15% do total da fruta esmagada. A maior fatia do suprimento das f?bricas, isto ?, 42% da fruta, ? comprada de grupos de produtores que se unem para ter maior poder de barganha na negocia??o, 30% da laranja esmagada v?m de grandes produtores e o restante ? adquirido no mercado ? vista, formado por de citricultores independentes. Al?m de argumentar que h? pulveriza??o nas compras, Garcia frisa que a produ??o de frutas e o esmagamento da laranja s?o duas cadeias separadas dentro da citricultura. ?A nossa cadeia come?a no port?o da f?brica e envolve tecnologia, log?stica, abertura de mercados e negocia??o de tarifas, entre outros itens?, afirma. Al?m disso, o executivo alega que a remunera??o da ind?stria ? proporcional ao risco. De toda forma, antes de 1994, existia um contrato de participa??o na remunera??o do citricultor que garantia um pre?o de compra da laranja proporcional ? varia??o da cota??o do suco na Bolsa de Nova York. De acordo com o presidente da Abecitrus, quando o pre?o do suco em Nova York despencou, o produtor n?o quis mais esse tipo de contrato. ?E toda a vez que o pre?o cai, o produtor acusa a ind?stria de cartel.? Neste ano, no entanto, as acusa?es de cartel s?o sustentadas pelos representantes dos produtores, apesar dos pre?os do suco terem atingido n?veis recordes nos mercados futuros. DESALINHAMENTO Na an?lise da pesquisadora do Centro de Estudos Avan?ados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), Margarete Boteon, apesar dos pre?os recordes do suco no mercado internacional e da perspectiva de boas cota?es tamb?m para o ano que vem, o grupo de citricultores que recebeu menos de US$ 4 por caixa de laranja de 40,8 quilos est? com dificuldade para manter os investimentos na cultura. Esses produtores fecharam contratos em 2005 e que ir?o vencer somente nos pr?ximos anos. Para os contratos novos, negociados neste ano com grandes grupos de produtores que acertaram remunera??o superior a US$ 5 por caixa, o quadro ? positivo. Segundo a especialista em citros, o principal problema do setor hoje ? o desalinhamento dos pre?os frente ao cen?rio internacional. Defesa sanit?ria ? pr?pria. E funciona Fundecitrus tem R$ 42 milh?es para gastar com sa?de da fruta ARARAQUARA (SP) Existe um modelo privado de defesa sanit?ria que d? certo no Pa?s, enquanto o governo federal enfrenta problemas com bovinos, que culminaram no ano passado com a crise da febre aftosa. Criado em 1977 pelos agricultores e pela ind?stria para combater o cancro c?trico, o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) hoje executa a pol?tica de defesa sanit?ria para o setor . ?Na ?poca, os citricultores e as ind?strias perceberam que a doen?a seria de dif?cil conviv?ncia e que o Estado n?o tinha recursos dispon?veis para fazer esse trabalho?, conta o presidente interino do Fundecitrus, Osmar Bergamaschi. Segundo ele, o or?amento anual do fundo ? de R$ 42 milh?es. Essa cifra equivale a quase a metade de tudo que o governo federal destina hoje ? defesa sanit?ria vegetal e animal. Os recursos v?m da contribui??o do produtor e da ind?stria. De cada caixa de laranja processada, ? descontada a contribui??o. Hoje s?o cerca de 2 mil inspetores e t?cnicos que percorrem mais de 15 mil citricultores no Estado de S?o Paulo e na regi?o sul do Tri?ngulo Mineiro para checar as condi?es sanit?rias dos pomares e executar trabalhos de erradica??o determinados pela secretaria estadual de agricultura. Eles tamb?m visitam pomares urbanos. H? tamb?m um corpo t?cnico de seis PHDs, que trabalham na identifica??o de novas doen?as e monitoramento das j? existentes. Al?m do cancro, o Greening, o amarelinho, a pinta preta e a leprose tiram o sono do citricultor. Bergamaschi conta que, no caso do cancro c?trico, incid?ncia hoje oscila entre 0,10% e 0,19%, n?vel considerado baix?ssimo e controlado. Na Fl?rida, por exemplo, o n?vel de infesta??o de cancro ? alto. O principal problema, ? que o custo de m?o-de-obra nos EUA para realizar as tarefas de inspe??o nos pomares ? elevado.

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