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Edinho Araújo cobra novamente providências do governo federal. Data: 02/07/2014

03/07/2014

SR PRESIDENTE, SRAS E SRS DEPUTADOS Já perdemos a conta de quantas vezes esta Tribuna foi usada por mim e por outros colegas parlamentares para denunciar a crise que ameaça dizimar a citricultura paulista. Os repetidos alertas, as reuniões, as concentrações de produtores em São Paulo e Brasília, parecem não sensibilizar o governo federal a intervir em favor do lado mais fraco, o dos produtores. Eles se encontram endividados, atingidos por manobras de mercado, que se repetem a cada safra e jogam para baixo o preço da laranja usada para a produção de suco. A prorrogação das dívidas vencidas até que se discuta a securitização, infelizmente, não foi autorizada, o que agrava ainda mais esta situação e coloca em risco o patrimônio mais valioso dos citricultores, a terra que cultivam.

Peço, sr presidente, que se registre nos anais desta Casa o inteiro teor do artigo do escrito pelo presidente da Associação Brasileira de Citricultores, Flávio Viegas, denunciando a penúria do setor. O texto traz um título apropriado: Safra nova, velhos problemas. Ou seja, apesar da luta de todos não está fácil convencer as autoridades de que a citricultura só sobreviverá se o produtor tiver a mínima garantia para vender a safra. MUITO OBRIGADO

artigo

Safra nova, velhos problemas

Flávio Viegas

O processamento da safra 2014-15, em São Paulo, que se inicia oficialmente em 1º/6 já se iniciou sem que as indústrias indiquem os preços que serão praticados. A laranja foi mantida na PGPM, o que permite que o citricultor tenha acesso a diversas políticas governamentais, como os leilões de prêmio do preço mínimo, reajustados para R$ 11,45. Apenas alguns contratos foram feitos na faixa dos US$ 5, preço que, à cotação atual do dólar, ficaria abaixo do preço mínimo e do custo de produção. Existe ainda dúvida sobre o tamanho real da safra. A CitrusBR divulgou uma estimativa de 308,8 milhões de caixas de 40,8 kg, com previsão de processamento de 265 milhões de caixas e uma produção de suco de 973 mil t. O GCONCI estima a safra 2014-15 em 259 milhões de caixas, o que reduziria drasticamente a oferta de suco. Estima-se também que as exportações ficarão em 1108 mil t, abaixando em 135 mil t os estoques das indústrias brasileiras, que atingiriam 350 mil t em 30/6/2015. Este estoque, embora nominalmente suficiente para a transição entre as safras, poderá criar grandes dificuldades para as processadoras, pois grande parte do suco já está no exterior. Diante destes dados, a atitude das indústrias pretende pressionar os produtores a aceitarem preços muito abaixo do que os fundamentos deste mercado indicariam. A concentração das esmagadoras, a verticalização da produção, a divisão do mercado e dos fornecedores dão a elas um enorme poder de mercado que lhes tem permitido apropriar-se da renda dos citricultores nos últimos 20 anos. A laranja pera, que chegou a ser vendida a mais de R$ 20,00 é oferecida pela indústria ao mercado de fruta fresca a preços abaixo de R$ 8,00 por caixa posta no caminhão do comprador. Este preço não é remunerador e não se justifica diante da exiguidade da oferta. Assim, o mercado de fruta fresca, que muitas vezes é apontado como um mercado alternativo, é também controlado pelas processadoras. Simultaneamente, e o preço do suco de laranja na bolsa de NY sofreu uma queda brusca, levando-nos a suspeitar de manipulação do mercado. O resultado é a concentração das indústrias, o plantio de pomares próprios ou dos acionistas, executivos e alguns citricultores “amigos”. Os investimentos em logística, que aumentam a barreira de entrada aos concorrentes, vêm crescendo também. Nos próximos dias, um novo navio, o Orange Ocean da Cutrale vai carregar pela primeira vez em Santos e, no próximo mês, o Orange Blossom 2 deverá fazer sua viagem inaugural, desmentindo as insistentes informações de queda de demanda que têm sido usadas para justificar os baixos preços pagos aos produtores.

O Preço mínimo estipulado pelo governo é de R$ 11,45 para todo o país, mas indústrias pressionam produtores atrasando as negociações de compra. Poucos contratos foram feitos na faixa dos US$ 5, preço que, à cotação atual do dólar, ficaria abaixo do preço mínimo e do custo de produção.

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