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Fundo árabe Salic compra 20% do frigorífico Minerva por R$ 746 milhões

19/01/2017

Gestora, que pertence ao rei da Arábia Saudita, é especializada em investimentos em agronegócios e tem por objetivo garantir a segurança alimentar de uma região marcada pela escassez de água; fundo terá três dos 10 assentos no conselho da empresa



Mônica Scaramuzzo,
O Estado de S. Paulo
23 Dezembro 2015 | 05h00

A gestora Saudi Agricultural and Liverstock Investiment (Salic), fundada pelo rei da Arábia Saudita, tornou-se acionista minoritária do Grupo Minerva, o segundo maior exportador de carne bovina do Brasil. A operação, antecipada no dia 7 de dezembro pelo Estado, envolveu a compra de 19,95% de participação da companhia (cerca de 48 milhões de ações) por R$ 746 milhões, de acordo com fontes próximas à operação.

Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o frigorífico confirmou nesta terça-feira, 22, que está em “processo de finalização dos documentos” para a entrada da Salic no negócio.

As negociações entre a gestora árabe e o frigorífico ocorrem há pelo menos um ano, mas se intensificaram nos últimos seis meses, de acordo com fontes ouvidas pelo Estado. Um grupo chinês também disputava a fatia minoritária do frigorífico, mas as conversas não foram levadas adiante, de acordo com outra fonte a par do assunto.

A operação envolvendo a compra da fatia minoritária do Minerva foi feita pelo veículo de investimento da Salic em Londres. Pelo acordo de acionistas, a Salic entrou na sociedade da holding VDQ (Vilela de Queiroz), que pertence à família fundadora do grupo, e terá três dos 10 assentos no conselho da companhia. O acordo de acionistas é válido por dez anos. O grupo Minerva, da família Vilela, foi assessorado pelo Itaú BBA e a Salic pelo UBS.

A entrada de um sócio no Grupo Minerva foi considerada estratégica, uma vez que o grupo pretende expandir seus negócios, sobretudo, na América Latina, de acordo com fontes. Atualmente, o grupo de alimentos tem 17 fábricas de abate e desossa, 11 delas no Brasil, outras 3 no Paraguai, 2 no Uruguai e uma na Colômbia. Nos últimos anos, a companhia brasileira também tem crescido por meio de aquisições e poderá fazer investimentos na Argentina, ainda de acordo com fontes.

Em 2014, a companhia encerrou com faturamento de R$ 7,997 bilhões. No terceiro trimestre, a companhia apresentou receita bruta de R$ 2,5 bilhões, alta de 30,4% sobre igual período do ano passado e prejuízo líquido de 446,1 milhões. A dívida líquida, no mesmo período, foi de R$ 4,2 bilhões. O valor de mercado da companhia é de cerca de R$ 2,3 bilhões, de acordo com dados da Economática.

Segurança alimentar. Segundo fontes, a Salic está há alguns meses prospectando negócios no Brasil, sobretudo, em agricultura e alimentos processados. Em abril passado, a gestora Salic firmou uma joint venture com a gigante agrícola de grãos Bunge para investir em agricultura no Canadá.

“Os fundos árabes têm especial interesse em segurança alimentar. Investir em companhias de alimentos é a estratégia desses investidores, que buscam a garantia de suprimento em seus países, que têm escassez de água e terras pouco agricultáveis”, disse uma fonte.

Em novembro passado, com o fim do embargo à carne bovina aos países árabes, durante visita da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, à Arábia Saudita, a expectativa dos exportadores brasileiros de carne bovina é de que o comércio exterior se intensifique. O fim do embargo representa abertura não apenas do mercado saudita, mas de todos os países do Golfo.

Somente a Arábia Saudita comprou, em 2014, US$ 355 milhões do produto, o que equivale a quase 100 mil toneladas. O valor representa 10% de tudo o que o Brasil exporta em carne bovina, que soma 1,1 milhão de toneladas anualmente.

Visita. Fundos de investimentos árabes devem participar no início do próximo ano de uma visita em fronteiras agrícolas brasileiras a convite do Ministério da Agricultura. A região Mapitoba (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia) é apontada como a nova fronteira agrícola do País.

Fonte: economia.estadao.com.br


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