19/01/2007
S?o Paulo, 19 de Janeiro de 2007 - A maior geada dos ?ltimos 39 anos, ocorrida no in?cio da semana no Estado da Calif?rnia (EUA), n?o dever? alterar o mercado de suco de laranja. A alta de 3,2% na Bolsa de Nova York, quarta-feira, j? foi parcialmente neutralizada ontem, quando os pre?os do suco ca?ram 1,12%, para 201,55 centavos de d?lar por libra peso. Apesar o frio rigoroso, os laranjais do estado da Fl?rida, que concentram a produ??o da laranja dirigida para a ind?stria de suco, foram preservados. Na Calif?rnia, predomina a produ??o da laranja do tipo navel, semelhante ? laranja bahia, destinada ao consumo in natura. A repentina onda de frio na Calif?rnia assustou o mercado, o que levou ? alta nos pre?os, afirmou o presidente da Associa??o Brasileira dos Exportadores de C?tricos (Abecitrus), Ademerval Garcia. Para ele, o impacto da geada ser? imediato, embora pouco expressivo. "Os produtores locais ter?o de apressar a colheita e enviar as frutas para a ind?stria, na tentativa de reduzir os preju?zos provados pelo frio". H? poucas ind?strias de suco na Calif?rnia, informou Ademerval. A sua capacidade tamb?m ? limitada, o que dever? dificultar o aproveitamento das laranjas. Fim da colheita A poucas semanas do final da safra brasileira de laranjas, as negocia?es entre citricultores e ind?stria de suco permanecem intensas. O produtor Ant?nio Eg?dio Crestana, representante da Federa??o da Agricultura do Estado de S?o Paulo (Faesp) nas negocia?es de pre?os da fruta com a ind?stria, disse ontem que a caixa de 40,8 quilos de laranja j? est? sendo negociada na porta das ind?stria por US$ 7. Mas apenas 10% a 15% da produ??o ? negociado no mercado spot, uma vez que os produtores preferem assegurar sua renda por meio de contratos, embora a pre?os mais baixos. O impasse na defini??o dos pre?os estendeu as negocia?es por quase seis meses e at? agora os citricultores n?o receberam integralmente os valores acertados na mesa de negocia?es. Crestaba explica que isso n?o deve ser motivo de preocupa??o. At? junho, a Cutrale, a ?nica empresa que assinou o acordo, acertar? a diferen?a, disse. (Gazeta Mercantil/Finan?as & Mercados - P?g. 12)(Isabel Dias de Aguiar)