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Greening: falta de recursos compromete o combate doena.

16/09/2007
Um impasse entre as 4 maiores processadoras de suco de laranja do pa?s amea?a a assinatura de um conv?nio que prev? repassar ao Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) R$ 6 milh?es para a?es emergenciais de combate ao greening (huanglongbing), principal doen?a da citricultura mundial. O projeto elaborado pela entidade previa que Cutrale, Citrosuco, Citrovita e Louis Dreyfus (LD) Commodities destinassem, cada, R$ 1,5 milh?o ao Fundecitrus. S? que a LD Commodites se recusa a pagar esse valor e prop?e contribuir com R$ 900 mil, que ? valor correspondente aos cerca de 15% que possui no mercado de suco de laranja. A LD Commodities acha justo que cada ind?stria contribua de acordo com o seu tamanho. De acordo com Hans Georg Krauss, presidente do Fundecitrus, as outras tr?s ind?strias produtoras de suco de laranja, antes dispostas a manter a contribui??o de R$ 1,5 milh?o, mesmo com a posi??o da LD Commodities, recuaram. Elas agora s? concordam em pagar esse valor se a concorrente tamb?m contribuir com uma parte igual. As outras empresas dizem agora que s? entram no neg?cio se todas participarem, caso contr?rio, n?o destinariam o dinheiro. A situa??o ? bem delicada, o conv?nio est? amea?ado, mas ainda existe uma esperan?a, segundo Krauss. A esperan?a ? qual o presidente do Fundecitrus se refere ? um encontro informal com representantes de Cutrale, Citrosuco e Citrovita, previsto para essa ter?a-feira (18/09), quando ele tentar? convenc?-los da necessidade da contribui??o do R$ 1,5 milh?o, mesmo com a recusa da LD Commodities. Na segunda-feira passada (10/09), Krauss e outros representantes do Fundecitrus j? tentaram convencer a LD a mudar de id?ia, mas sem sucesso. A assinatura do conv?nio est? prevista para ocorrer no pr?ximo dia 24, em uma cerim?nia na qual ser?o comemorados os 30 anos do Fundecitrus, em Araraquara (SP). Os R$ 6 milh?es previstos no projeto emergencial de combate ao greening fazem parte de um pacote de a?es que custaria R$ 8,5 milh?es. Os R$ 2,5 milh?es restantes viriam do governo federal, que teria prometido liberar uma verba contingenciada. Se o dinheiro sair, o Fundecitrus prev? contratar 320 inspetores para vistorias, principalmente nos pomares da regi?o central de S?o Paulo, onde a a??o do greening ? considerada grav?ssima. A doen?a se espalhou no Estado de S?o Paulo e j? atingiu pomares citr?colas em 131 munic?pios. O plano emergencial surgiu ap?s o Fundecitrus decidir, no final do ano passado, priorizar as a?es de combate ao cancro c?trico em detrimento do greening. A decis?o ocorreu ap?s a avalia??o, que se mostrou equivocada, de que o produtor iria cumprir ? risca, a Instru??o Normativa (IN) n?mero 32, editada no ano passado pelo Minist?rio da Agricultura. A instru??o passou ao produtor a responsabilidade de vistoriar os pomares e notificar os casos de greening ?s autoridades sanit?rias. Mas apenas metade deles cumpriu a IN 32, de acordo com levantamento da Secretaria de Agricultura divulgado no m?s passado. O greening n?o tem cura e n?o existem variedades c?tricas resistentes a ela. As ?nicas a?es contra a doen?a, que mata as plantas c?tricas, s?o a erradica??o das ?rvores contaminadas, vistorias constantes nos pomares e o controle qu?mico da Diaphorina Citri, inseto transmissor do greening. Fonte: Carlos Cogo Consultoria Agron?mica.

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