Embora a mídia venha divulgando que empresas do setor estão reajustando ou já reajustaram os contratos assinados com os citricultores, a ASSOCITRUS tem recebido denúncias de que os reajustes só têm sido concedidos mediante extensão do contrato por um ou mais anos e com os mesmos preços atuais.

Assim, o produtor endividado por quinze anos de preços aviltados, que não cobrem nem a metade de seu custo de produção – em média no nível de US$ 7 – para receber US$ 4, precisa se comprometer a estender o seu contrato por um ou mais anos ao preço contratado de US$ 3, ou menos, por caixa. Essa renegociação levará os citricultores à insolvência e a maioria deles serão forçados a se juntar aos cerca de 20 mil citricultores que já abandonaram a atividade e muitos perderão seu patrimônio conseguido depois de décadas de trabalho árduo.

Uma das empresas afirma ter revisto 80% dos contratos, sem informar que essa revisão não obedeceu aos termos do acordo divulgado pela FAESP.

ÿ lamentável que alguns órgãos da mídia contribuam com a desinformação dos citricultores e da opinião pública em geral ao divulgarem, sem verificar, informações incompletas ou distorcidas.

Flávio Viegas
Presidente/ASSOCITRUS