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Análise Carlos Cogo.

13 de julho | 2007

Pressão baixista sobre os preços dos citros
A safra de citros 2007/2008 começou com a indústria paulista e brasileira batendo recordes de faturamento com as exportações e com o preço pago pela fruta ao produtor em queda. Em junho, as exportações de suco de laranja movimentaram US$ 209,5 milhões, 117% mais que os US$ 96,47 milhões obtidos em junho de 2006. O mês passado coroou a marca histórica da indústria da safra 2006/2007 que, pela primeira vez na história, movimentou US$ 2,017 bilhões, alta de 64,78% sobre o US$ 1,224 bilhão movimentado na safra 2005/2006. Para os produtores, de acordo com dados do Instituto e Economia Agrícola (IEA) da Secretaria da Agricultura de São Paulo, o preço pago pela indústria recuou 16,57% em junho, em relação a maio, com a caixa de 40,8 kg cotada a R$ 10,02, contra R$ 12,01. Já a laranja de mesa apresentou um recuo de 27,08% no mês passado sobre maio, de R$ 17,64 para R$ 12,86. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Cepea/Esalq/USP), os produtores que assinaram o acordo de renegociação de contrato – firmado entre a Federação de Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp), Cutrale e Louis Dreyfus Commodities – obtiveram um bônus de US$ 1,29 por caixa na safra passada. Com o bônus, segundo o Cepea, o valor médio estimado dos contratos de citricultores paulistas renegociados na safra passada pela Faesp e as duas processadoras foi de US$ 4,59 a caixa. É a soma dos US$ 3,30 praticados em média nos valores antigos mais bônus. O valor é 35% maior que a média da temporada 2005/2006 e 37% superior à de 2003/2004, segundo o Cepea. É também maior que os preços médios praticados nos contratos na temporada de 2006/2007, que foram em torno de US$ 4,20 a caixa, incluindo os valores não reajustados e os renegociados. No entanto, o ganho do produtor é bem menor do que o aumento do faturamento das indústrias exportadoras, de 64,78% na safra passada, e ainda um pouco menor que a variação do suco no mercado internacional, de 41%, baseados no preço médio da bebida concentrada e congelada na Bolsa de Nova York (Nybot).

Fonte: Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica – www.carloscogo.com.br