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Associtrus orienta citricultores sobre negociação de contratos.

04 de agosto | 2007

Reunidos em Bebedouro, produtores tiveram acesso a informações que servirão de base para negociação da fruta com as indústrias de suco

Produtores de diversas regiões citrícolas se reuniram nesta sexta-feira (3), em Bebedouro, para se informarem sobre seus direitos nas negociações da fruta com as indústrias. Segunda-feira (6), muitos irão se encontrar com representantes das indústrias Coimbra e Cutrale, empresas que aderiram ao acordo proposto pela Faesp e o governo, para negociar suas safras.
Uma das preocupações da Associtrus é que, sem argumentos, os produtores sejam intimidados e obrigados a assinarem contratos abusivos, que lhes remunerem abaixo do piso a quem têm direito. O acordo da Faesp fixa o piso mínimo em US$ 4 + participação de US$ 1,29 sobre o contrato original. “Um produtor que tem contrato de R$ 3,50, com participação, terá direito a receber US$ 4,79 pela caixa. A conta é simples: R$ 3,50 + US$ 1,29 = R$ 4,79, ou seja, ele receberá acima do piso mínimo. O produtor precisa estar atento ao seguinte: se o valor do contrato original somado à participação for inferior aos US$ 4,00 ele poderá optar pelo piso fixo de US$ 4,00 que é garantido pelo acordo firmado entre Faesp, Cutrale e a Coinbra”, explica o presidente da Associtrus, Flávio Viegas.
O valor da participação é questionado pelos produtores. “Os preços FOB Europa por tonelada métrica 66º Brix, informam que o valor de venda foi de US$ 2,472.92 o que resultaria, dependendo do valor a partir do qual o produtor tem direito a participação, de um adicional de US$ 2,40 e não de US$ 1,29 que corresponde ao preço fechado na Bolsa, utilizado no acordo da Faesp. Isto porque, as empresas informam que o preço de venda foi de cerca de US$ 1.700,00 por tonelada, valor bem abaixo do divulgado pelo Food News”, observa Viegas.
A Associtrus estará à disposição dos citricultores para orientações referentes às propostas recebidas pelas indústrias. “A orientação é que ninguém assine nenhum acordo antes de esclarecer as dúvidas. A Associtrus, através de seus diretores e advogados, estará à disposição dos produtores para analisar as propostas de acordos e verificar se elas correspondem ao que têm direito”, finaliza Viegas.