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Câmbio e renda na pauta da Comissão de Agricultura da Câmara.

15 de agosto | 2007

Câmbio e renda na pauta da Comissão de Agricultura da Câmara

Audiência reuniu lideranças do setor agrícola para discutir questões referentes à desvalorização do real frente ao dólar e à remuneração dos produtores

A desvalorização do real frente ao dólar e as conseqüências diretas na renda dos produtores agrícolas foram temas tratados na audiência da Comissão de Agricultura da Câmara, nesta terça-feira (14), em Brasília.
Os presidentes da Associtrus e da Câmara Setorial da Citricultura, Flávio Viegas; do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp, Roberto Rodrigues; da Sociedade Rural Brasileira, Cesário Ramalho; e da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Márcio Lopes de Freitas; o secretário de Agricultura do Estado de S.Paulo, João Sampaio Filho; e o representante da Coopercitrus, Marcos Santin, participaram da audiência presidida pelo deputado Marcos Montes (PFL/MG) e solicitada pelo deputado Duarte Nogueira.
O impacto do câmbio na renda do citricultor foi abordado por Flávio Viegas. “Como os citricultores são remunerados abaixo do custo de produção há vários anos eles sofrem mais os impactos da desvalorização do real, principalmente, porque a maioria dos contratos é fechado em dólar. O endividamento dos produtores rurais e a defesa sanitária, temas em evidência no governo federal, são fruto de uma remuneração inadequada. Como os citricultores não têm como arcar com o custo de controle das doenças, elas aumentam e colocam em risco o futuro da atividade”, frisou Viegas.
A cartelização de setores importantes do agronegócio, como a citricultura e os fertilizantes, e a falta de organização dos produtores também foram lembrados por Viegas. “Está claro que o governo só atende as reivindicações de setores fortes e organizados, capazes de promoverem grandes manifestações em defesa de seus interesses. Precisamos organizar o setor produtivo a fim de conseguirmos que o governo promova ações em nosso beneficio”, finalizou.