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CEPEA diz que CENÁRIO CONTINUA POSITIVO EM 2008.

16 de dezembro | 2007

Flórida e São Paulo colhem menos que o esperado


De acordo com a primeira estimativa oficial do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para a safra 2007/08 da Flórida, publicada em outubro, o volume estimado é de 168 milhões de caixas de 40,8 kg, número abaixo do esperado pelo setor: entre 170 e 200 milhões de caixas.


Apesar da recuperação da produtividade das árvores nesta temporada na Flórida, o número de pés em produção daquele estado reduziu 6% em relação ao de 2006, segundo o USDA, ficando em 59,6 milhões.


Os principais motivos para a diminuição do número de árvores em produção foram os furacões, o cancro, o greening e o processo de urbanização. No Brasil, a produção da safra 2007/08 também deverá ficar abaixo do previsto. No último relatório, publicado em setembro, o Instituto de Economia Agrícola (IEA) indicou uma produção no estado de São Paulo de 353,1 milhões de caixas de 40,8 kg. Além da seca, doenças como a pinta-preta também têm prejudicado a produção citrícola. O fungo, que normalmente surge em pomares da região sul do estado, também está atingindo o norte paulista.


 


Seca pode reduzir próxima safra paulista


Em função da estiagem prolongada no parque citrícola, que resultou inclusive em mudança no calendário das floradas, a safra paulista 2008/09, que começa a ser colhida em maio, poderá ser reduzida.


A estiagem entre agosto e outubro pode ter comprometido o desenvolvimento de 30% a 40% da produção de variedades precoces, colhidas no primeiro semestre de 2008. Nesse contexto, muitos agentes acreditam em um volume abaixo do atual potencial citrícola paulista, entre 360 e 380


milhões de caixas. Por conta da previsão de menor oferta das precoces, o volume de laranja disponível de março a julho de 2008 poderá ter forte queda. A expectativa é que os preços da fruta posta na indústria nesse período sejam tão altos quanto os observados em 2007 quando a indústria,


diante dos baixos estoques de suco, elevou a demanda por fruta.


 


Disparidade dos preços de contrato limita receita do setor produtivo


As altas de preços do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ) na bolsa de Nova York favoreceram as negociações de contratos na citricultura paulista para esta e a próxima safra, já que muitos estão por vencer nesta e na próxima temporada. No acumulado do ano, os contratos novos


e renegociados para a safra 2007/08 variaram de R$ 8,00 (US$ 4,50/cx) a R$ 13,00/cx (US$ 7,50/cx) de 40,8 kg – considerando o dólar a R$ 1,75 –, conforme levantamentos do Cepea. Em 2006, houve a proposta de bonificação da Federação de Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp), permitindo que os produtores com contratos muito baixos recebessem, no mínimo,


US$ 4,00/cx em 2006/07. No entanto, alguns desses contratos renegociados no ano passado voltaram para seus valores antigos em 2007, entre US$ 3,00/cx e US$ 3,50/ cx, sendo que para uma parcela de produ-tores que apresentava tais valores não houve renegociação. Assim, a safra 2007/08 pode terminar com o maior intervalo de preços já registrado pelo Cepea desde 2000: entre US$ 3,00 e US$ 7,50/cx.


Com essa disparidade de preços dos contratos, a receita do setor primário reduziu nesta safra,


mesmo com o valor médio dos contratos tendo registrado o maior patamar desta década.


 


150% é a Diferença entre os valores de contrato.


 


60% é a Previsão de aumento de receita com exportação de suco.


 


R$15,00 foi O maior valor da hamlin (fevereiro de 2007).


 


PINTA PRETA – Prejudica frutas do norte citrícola.


 


Fonte: http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/


Revista Hortifruti Brasil
Uma publicação do CEPEA – USP/ESALQ
Ano 6 – Nº 64 – Dezembro de 2007