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Citricultores criticam contrato com Citrosuco.
14 de setembro | 2007
Para exemplificar a relação entre indústrias de suco de laranja e produtores, a Associtrus divulga em seu site cópias de duas cartas de citricultores de Limeira e de São Carlos, insatisfeitos com a remuneração da Citrosuco. Os documentos são assinados por Sérgio Giusti Spagnolo, de São Carlos, e os proprietários da Fazenda São José da Gruta, em Limeira.
O presidente da Associtrus, Flávio Viegas, justifica a publicação das cartas para exemplificar a situação de muitos agricultores. Ele lembra que a Citrosuco não sofreu busca e apreensão de documentos na Operação Fanta, resguardada por uma medida liminar, “mas eles estão sob investigação do Cade”.
Limeira – Citricultores de Limeira argumentam ter negociado três safras, entre 1998 e 2001, quando venderam toda a produção de três anos por 11,6 dólares por caixa. Mas acusam a empresa de impor a redução dos valores negociados, mesmo com a valorização do suco no mercado internacional. Eles reclamam que, no mesmo período, a Citrosuco teria supostamente pago, a produtores sem contratos, melhores preços.
São Carlos – Ao tomar conhecimento da manifestação dos produtores de Limeira, Sérgio Giusti Spagnolo, de São Carlos, acusa a Citrosuco de colher 15 mil caixas de laranja, quando tinha negociado entregar até março de 2006, apenas 1,5 mil caixas. Ele filmou toda a colheita, amparada com a presença de um oficial de justiça, e acusa a empresa de pagar preços baixos.
Na carta, ele opina que a estratégia da Citrosuco visa descapitalizar os produtores, para poder negociar, a preços muito baixos, a produção. Por fim, aconselha “aos colegas de profissão, sugiro que coloquem seus advogados diariamente no Fórum de Matão, pois a Citrosuco e seus vários advogados são muito rápidos.
Cuidado, você pode ser o próximo!”, escreve Sérgio.
Nada a declarar – A Gazeta enviou à Citrosuco cópia das duas cartas, em que solicita esclarecimento da empresa. A assessora de imprensa das indústrias, Bruna Bottura, relata que, apesar de lerem o conteúdo das duas manifestações dos citricultores, a direção da empresa prefere não se manifestar.
Fonte: Gazeta de Bebedouro