Segundo o sindicalista Laércio Alves de Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pirajuí, a laranja é detentora de cerca de 40% dos empregos gerados na área rural. Menos pesado que o corte de cana, o cultivo e colheita do cítrico fornece um salário médio de R$ 600,00 e se tornou uma boa opção para o trabalhador rural, pois a safra dura de junho a fevereiro.

Na opinião dele, apesar da laranja não representar o melhor salário da região, uma vez que há cortadores de cana que ganham até o dobro, o cítrico tem gerado muitas vagas. “Grandes propriedades antes utilizadas como pastos se transformaram em imensos pomares de laranja. No cuidado com o gado, eram usados 50 a 60 homens. Com a laranja, ocupando a mesma área, as vagas aumentaram para 500”, afirma.

As propriedades, segundo Oliveira, foram vendidas ou arrendadas por grandes empresas do setor. “As empresas do Grupo Votorantin, Citrovita, Coimbra e Branco Peres estão com plantações nessa região, inclusive uma delas tem indústria de beneficiamento na região de Bebedouro.” O sindicalista lembra que desde 1995 a região tem plantações de laranja. “De cinco anos para cá, os pomares expandiram. Está tomando conta da nossa região e está dando emprego.”

Outra vantagem de trabalhar na colheita da laranja, na opinião dele é que os funcionários são obrigados a usarem equipamentos de proteção. “No cultivo da laranja tem a pulverização de veneno, mas tudo é feito com equipamentos adequados.”

Na região abrangida pelo sindicato (Pirajuí, Guarantã, Reginópolis, Balbinos, Uru e Pongaí), é visível a expansão dos pomares de laranja. “No período de safra empregamos até três mil trabalhadores na laranja”, afirma.

Sobre os salários, o sindicalista explica que os produtores pagam por caixa colhida. “O trabalhador consegue ganhar R$ 600,00. Na colheita de café, os salário é semelhante, mas no corte de cana é possível ganhar o dobro.”

FONTE – SANICITRUS
Autor: Jornal da Cidade – Bauru
Crédito: 23.02.07