A citricultura tornou-se extremamente técnica e diversos fatores influem no seu desempenho, afetando a rentabilidade do produtor e conseqüentemente a sua capacidade de investir na manutenção e renovação dos pomares, para garantir sua permanência na atividade agrícola.
Avesso ao associativismo, desconhecendo o custo real de produção da caixa de laranja, desorganizado e negociando individualmente, o produtor não obteve remuneração suficiente para cobrir sequer os custos diretos envolvidos, reduzindo os tratos culturais, comprometendo a qualidade, a produção e a vida útil dos pomares.
Enquanto isso, o setor industrial fortaleceu-se, investindo em pomares próprios e concentrando o processamento nos quatro grandes grupos conhecidos. Prova dessa “saúde econômica” são as movimentações financeiras noticiadas, dando conta de que, entre abril e setembro de 2004, somavam investimentos da ordem de dois bilhões de reais.
Se há intenção de preservar o pouco que resta dos pequenos e médios citricultores, com relevante capacidade de distribuição de renda, é preciso adotar medidas sérias, que possam reduzir a assimetria de forças instaladas no setor.
O preço justo pela fruta produzida, capaz de oferecer lucratividade proporcional ao risco envolvido, só será alcançado com a implantação de um sistema de remuneração que considere, na sua composição, dentre outros fatores, o custo de produção, industrialização, exportação, valor pago pelo consumidor final, estimativa de safra e tendências de mercado.
Queremos uma citricultura moderna, forte, produtiva, independente, capaz de gerar e distribuir riqueza, promovendo socialmente as regiões onde está estabelecida.

DATA: 11 DE ABRIL (SEGUNDA-FEIRA)
LOCAL: ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DE CITRICULTURA DE BEBEDOURO
ENDEREÇO: RODOVIA BRIGADEIRO FARIA LIMA KM 384
PROGRAMAÇÃO:
13:00 – INSCRIÇÕES
13:30 – INÍCIO DOS TRABALHOS
17:30 — ENCERRAMENTO