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Citrovita quer triplicar até 2011.

27 de abril | 2007

Votorantim amplia sua investida na siderurgia
O grupo Votorantim vai anunciar nos próximos dias o investimento de R$ 1 bilhão em nova siderúrgica no Estado do Rio. “O projeto já está aprovado pelo conselho. Só falta definir o município em que ficará a fábrica”, disse ao Valor Carlos Ermírio de Moraes, presidente do conselho da Votorantim Participações, holding que cuida da estratégia do grupo. A siderúrgica será montada em dois módulos, de 500 mil toneladas cada um.

O investimento, que se soma à aquisição de uma siderúrgica na Colômbia, em março, por US$ 491 milhões, triplica seu tamanho nesse negócio e faz parte da carteira de projetos da companhia para duplicar seu tamanho até 2011. “Em 2000, nossa meta era triplicar até 2010. No ano passado, conseguimos dobrar em relação aos cinco anos anteriores e agora queremos dobrar de novo em mais cinco”, disse José Roberto Ermírio de Moraes, presidente da Votorantim Investimentos Industriais, que responde por quase 80% da receita líquida do grupo, de R$ 29 bilhões em 2006.

O conglomerado também já decidiu investir US$ 300 milhões na duplicação de sua fábrica de zinco no Peru, Cajamarquilla, além de ampliar de 170 mil para 250 mil a fundição de Três Marias, em Minas Gerais. A unidade peruana, em dois anos, vai passar de 160 mil para 340 mil toneladas. “Com isso, vamos a 700 mil e nossa meta é ser o terceiro maior produtor do mundo”, disse Carlos Ermírio.

A Votorantim também estuda com a Vale do Rio Doce a possibilidade de montarem uma gigantesca refinaria de alumina (matéria-prima do alumínio) na região de Paragominas (PR). As duas empresas têm vastas reservas e projetos próprios no local. A união de forças poderia gerar um projeto de até 5 milhões de toneladas, voltado à exportação, com investimento de vários bilhões de dólares. “É um tipo de negócio que demanda larga escala para ser competitivo mundialmente”. Em São Paulo, há planos de elevar a produção de alumínio a 750 mil toneladas na fábrica atual.

A onda de preços recordes das commodities no mundo, puxada pela China, estimula novos investimentos em metais – em níquel, de 30 mil toneladas quer atingir 100 mil até 2015, em celulose, triplicar até 2011 – e suco de laranja. Dinheiro não parece ser problema. A geração de caixa do grupo em um ano é superior a toda sua dívida líquida.
Ivo Ribeiro
27/04/2007
Valor