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Coinbra investe em pomares próprios!
16 de novembro | 2007
LD avança na área de suco de laranja
Fernando Lopes, de Bebedouro (SP)
16/11/2007
Com 14% do mercado brasileiro de suco de laranja, no qual atua desde 1988, a LD Commodities, controlada pelo grupo francês Louis Dreyfus, aposta em parcerias com citricultores para garantir maior oferta da fruta e conquistar terreno em um ramo tradicionalmente liderado pelas gigantes Cutrale e Citrosuco.
É com parcerias que a LD vem expandindo seus pomares. O mercado mundial de suco é comandado pelo Brasil – dono de 40% da produção global de laranja, 60% da produção da bebida e mais de 80% das exportações -, e ganha o jogo quem consegue melhores condições de oferta da fruta para fabricar o produto.
A LD deverá investir US$ 70 milhões entre 2007 e 2009 para ampliar seus pomares no interior de São Paulo, que abriga o maior parque citrícola do mundo. Seu número total de árvores plantadas já passou de menos de 8 milhões, em 2006, para 10,5 milhões em 2007, e deverá alcançar 13 milhões no ano que vem.
Aqui aparece a força das parcerias. Do total deste ano, 4,5 milhões de árvores estão em fazendas de propriedade da LD, e 6 milhões em terras de terceiros. Em 2008, não haverá avanço nas fazendas próprias, mas nas propriedades de parceiros o número deverá aumentar para 8,5 milhões de árvores.
Segundo Henrique de Freitas, diretor-executivo da divisão de citros da LD Commodities, na grande maioria dessas parcerias a companhia gerencia a propriedade e assume os riscos do negócio, inclusive trabalhistas. São contratos em geral de 20 anos, e os donos das terras são remunerados com 15% da produção de laranja. Em outro modelo, menos difundido, a LD faz uma administração conjunta com o citricultor. São formas que as empresas de suco vêm adotando para evitar divergências com os fornecedores da fruta, que muitas vezes param na Justiça.
Com três fábricas em São Paulo (Bebedouro, Matão e Engenheiro Coelho), a LD tem capacidade nominal para processar 65 milhões de caixas de 40,8 quilos de laranja. Com a fábrica que tem na Flórida (EUA), que responde ao escritório brasileiro, chega-se a 100 milhões de caixas. Em 2007, deverá exportar entre 210 mil e 220 mil toneladas de suco a partir do Brasil, grande parte para seu terminal em Ghent (Bélgica).
Sediada no Brasil, a LD Commodities faturou US$ 1,9 bilhão em 2006 e tem aprovado um plano de investir US$ 516,3 milhões no país entre 2007 e 2009, incluindo todos os negócios: citros, soja, algodão, café e, sobretudo, açúcar e álcool.
O jornalista viajou a convite da LD
Fonte: Valor Econômico