Notícias

Últimas Notícias

COINBRA QUER AUMENTAR PLANTIO PRÓPRIO

03 de outubro | 2007

Louis Dreyfus reserva US$ 516 mi para o Brasil



Luciana Villar



A francesa Louis Dreyfus Commodities, do Grupo Louis Dreyfus, irá investir no Brasil, até 2009, US$ 516,3 milhões para expandir os negócios no País. Esse montante faz parte do programa de investimentos dos quais US$ 290,3 já foram aplicados. O Brasil e a Argentina são os principais focos de investimentos da companhia no momento.

Segundo a empresa, o maior volume de investimentos está direcionado à América Latina, pois pretende equilibrar os negócios nessa região com o restante do mundo, atuando desde a produção, processamento e comercialização das commodities.

No Brasil, LD Commodities quer ampliar a divisão de cítrus e no país vizinho, fortalecer as fábricas de esmagamento de soja.

Para tanto, a LD Commodities está investindo US$ 75 milhões para aumentar a produção e o processamento da laranja brasileira destinada à produção de suco. Com o montante, a quarta maior
empresa do setor de cítrus do Brasil vai ampliar em 50% a área destinada a produção de laranja no Estado de São Paulo para produção de suco, passando dos atuais 20 mil hectares para 30 mil hectares no início do próximo ano. Do total da área, cerca de 60% pertencem a terceiros e o fornecimento será feito por meio de parceria com contratos de 20 anos, segundo o diretor de Cítrus da LD Commodities, Henrique de Freitas.

“Atualmente, 60% dos nossos pomares é de parceiros. É um ótimo negócio para ambas as partes, pois a compra da produção está assegurada e a oferta para a indústria também.”

No Brasil, a empresa mantém três unidades de processamento de laranja instaladas nos municípios paulistas de Matão, Bebedouro e Engenheiro Coelho, com capacidade de produção da ordem de 65 milhões de caixas de laranja ao ano, o equivalente a 2,65 milhões de toneladas da fruta.

Mas as áreas plantadas estão espalhadas por todo o estado, informa Freitas. “Dessa forma, evitamos a concentração dos pomares e reduzimos os riscos de perder uma safra inteira”, explica o executivo.

Além do Brasil, a divisão de cítrus também conta com uma unidade de processamento no estado norte-americano da Flórida, onde são esmagadas 23 milhões de caixas de laranja por ano, cerca de 938,4 mil toneladas da fruta, destinadas à produção de suco, que é comercializado no próprio país.

Na unidade brasileira, boa parte da produção de suco de laranja é destinada ao mercado externo, mas o derivado de limão – cuja produção é considerada pequena pela empresa – é vendido, principalmente, às indústrias de refrigerantes e faz parte da formulação das bebidas H2OH, produzida pela PepsiCo e Aquarius e Coca Lemmon, da Coca-Cola e Schincariol.

Segundo o
executivo da empresa, os principais mercados do produto brasileiro são os países europeus, mas o foco da empresa está na Ásia, cujo consumo está em pleno crescimento.

Hoje, a Europa consome 47% do total de suco de laranja produzido no mundo e os Estados Unidos, cerca de 42%.

Mas o consumo de suco de frutas no mercado norte-americano, segundo Freitas, está caindo a cada ano devido ao aumento da demanda por refrigerantes.

Hoje, o Brasil responde por mais de 60% da produção mundial de sucos cítricos, sendo o Estado de São Paulo o principal pólo produtor, seguido da Flórida, que responde por 26% e da Europa, com 7% da produção mundial.

Grupo

A divisão de cítrus é a segunda mais importante da LD Commodities, que tem na cana-de-açúcar seu principal negócio, com sete usinas produtoras de açúcar e álcool instaladas no País.

O grupo também possui três fábricas esmagadoras de soja, uma de caroço de algodão e 54 armazéns graneleiros. Além disso, é líder do comércio mundial de algodão em pluma, sendo seu principal cliente a China.

As diferentes divisões garantem um faturamento anual da ordem de US$ 1,9 bilhão por ano. No mundo, o faturamento da Louis Dreyfus é de US$ 20 bilhões, e deve aumentar ainda mais com os novos investimentos.

A matriz já inaugurou uma fábrica de biodiesel, à base de soja, e uma usina de etanol de milho será inaugurada em breve nos Estados Unidos. Na China está implementando uma unidade de esmagamento de soja e pretende ampliar ainda mais negócios na Ásia.

Quanto aos preços pagos aos produtores, Freitas afirma que quem faz o preço é a oferta e a demanda. “Os produtores só se manifestam durante as crises no setor, e não compreendem que são questões de mercado. O preço é regulado pela lei da oferta e da demanda”, afirma.

Ainda segundo o executivo, os preços são cotados em
dólar para os embarques e, por vezes, a indústria ganha e perde, pois os contratos são fechados com antecedência e com preço fixo.

“É necessário que os produtores tenham uma liderança forte, que os represente e os lidere para o bem. Da mesma forma, precisamos de um fórum para discutir regras de convivência e parâmetros para o setor e não apenas medidas paleativas.”

Para o combate ao greening, doença que afeta os pomares brasileiros, a empresa contribuiu com R$ 1,5 milhão para o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus). Além disso, faz vistorias de 15 em 15 dias nos pomares. “É preciso haver muito controle com essa doença. Nos nossos pomares o número de casos não chega a ser relevante. Mas o Ministério da Agricultura tem de contribuir de forma mais efetiva.”

A francesa Louis Dreyfus Commodities, do Grupo Louis Dreyfus, irá investir no Brasil, até 2009, US$ 516,3 milhões para expandir os negócios no País. Esse montante faz parte do programa de investimentos dos quais US$ 290,3 já foram aplicados. O Brasil e a Argentina são os principais focos da companhia no momento.

Segundo a empresa, o maior volume de investimentos está direcionado à América Latina, pois a companhia pretende equilibrar os negócios nessa região com o restante do mundo, atuando desde a produção, processamento e comercialização das commodities. No Brasil, LD Commodities quer ampliar a divisão de cítrus e no país vizinho, fortalecer as fábricas de esmagamento de soja.

Para tanto, a LD Commodities está investindo US$ 75 milhões para aumentar a produção e o processamento da laranja brasileira destinada à produção de suco. Com o montante, a quarta maior empresa do setor de cítrus do Brasil vai ampliar em 50% a área destinada à produção de laranja no Estado de São Paulo para produção de suco, passando dos atuais 20 mil hectares para 30 mil hectares no próximo ano. Do total da área, cerca de 60% pertence a terceiros e o fornecimento será feito por meio de parceria com contratos de 20 anos, segundo o diretor de Cítrus da empresa, Henrique de Freitas.

FONTE: DCI