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Cutrale apresenta propostas à Associtrus
09 de março | 2006
Indústria propõe contrato destinado apenas aos produtores associados
O desejo de estabelecer uma relação mais harmônica com os produtores e colhedores de laranja foi expressado pela Cutrale, na audiência de terça-feira (7), na Junta de Conciliação de Araraquara – da qual participaram o diretor de Finanças e Administração da Cutrale, José Luiz Cervato, o presidente da Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo (Feraesp), Élio Neves, e o presidente da Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus) Flávio Viegas. “A Cutrale está disposta a negociar e isto é muito positivo. Queremos estabelecer as bases para que todos os membros da cadeia produtiva sejam remunerados de forma mais justa, daí nossa luta pela elaboração do Consecitrus”, disse o presidente da Associtrus, Flávio Viegas.
A Cutrale se dispôs a negociar diretamente com a Associtrus, já que sua proposta é de que o Consecitrus seja válido apenas para os produtores associados. “Na audiência, a Cutrale propôs que o contrato seja aplicado aos associados da Associtrus, ou seja, caso a proposta se concretize os maiores beneficiados serão os nossos associados. O Consecitrus é um modelo de contrato que está sendo negociado, num primeiro momento, com a Cutrale, mas, o objetivo da Associtrus é de que ele se estenda às demais indústrias. A disposição da Cutrale em negociar com a Associtrus prova que o trabalho da associação em favor dos produtores associados tem trazido benefícios significativos para o setor”, observa Flávio.
Marco Antônio dos Santos e Laerte Dante Biazotti, representantes da Faesp (Federação da Agricultura do Estado de São Paulo), solicitaram a entrada da entidade nas negociações com a Cutrale, mas o Procurador do Trabalho, Ricardo Wagner Garcia, impôs algumas condições. “Tendo em vista a estrutura jurídica sindical da Faesp e a contradição entre citricultores e a Cutrale, também ela produtora rural citrícola, qual a solução jurídica da entidade para administrar o conflito entre seus próprios representados? Considerando que a Faesp nunca apresentou proposta de conteúdo de negociações no setor ao longo das reuniões e audiências públicas realizadas em 2004 e 2005, em Araraquara e Campinas, qual a proposta de conteúdo a ser definida pela Faesp na negociação em curso?”, questionou Ricardo Wagner Garcia, acrescentando que “as respostas à estes questionamentos são algumas das condições para a permanência da Faesp nas negociações”.
Na próxima terça-feira (14), às 9h, em Araraquara, acontecerá mais uma reunião para dar seqüência às negociações. “Continuaremos insistindo na criação do Consecitrus. Esperamos que, a partir da melhoria das condições de negociação para os nossos associados, o produtor compreenda que a melhor forma de se conseguir algo perante a indústria e o governo é através da união da classe em associações como a Associtrus”, finaliza Viegas.