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Cutrale e Louis Dreyfus veem aumento em safra de laranja

18 de junho | 2010

Brasil Econômico – Por Carlos Caminada e Lucia Kassai/Bloomberg News – 17/06/10 08:09



O Brasil é o maior produtor do mundo de suco de laranja



A safra do cinturão de laranja brasileiro pode subir em 2011 pela primeira vez em três anos por causa do clima mais seco, dizem a Cutrale e a Louis Dreyfus, responsáveis por 45% da produção mundial.



A colheita pode aumentar até 17% para cerca de 336 milhões de caixas de 40,8 quilogramas no ano que vem, disse Carlos Viacava, diretor corporativo da Cutrale, que produz 3 de cada 10 copos de suco de laranja consumidos mundialmente.



A Louis Dreyfus, quarta maior produtora mundial, espera um aumento de cerca de 11% para 310 milhões de caixas, Kenneth Geld, diretor da divisão de cítricos da companhia.



Contratos futuros de suco de laranja saltaram 12% em Nova York este ano, com expectativas de safras menores na Flórida e no Brasil.



A Cutrale disse em maio que a safra brasileira seria a menor em sete anos por causa das chuvas que prejudicaram a florada.



Os preços podem cair em meses adiante, assim que terminar a temporada de furacões que ameaça a colheita na Flórida, disse Viacava.



“Os preços estão muito caros,” Viacava, 69 anos, disse em seu escritório em São Paulo. “Esses preços vão cair.”



Contratos futuros de suco de laranja para entrega em setembro subiram 0,2 centavos de dólar, ou 0,1%, para US$ 1,446 por libra ontem na ICE Futures U.S. em Nova York.



Os contratos futuros provavelmente vão permanecer em torno dos níveis atuais por poucos meses por causa da oferta menor deste ano e do risco de os furacões prejudicarem as plantações, de acordo com Viacava.



Custo crescente
O aumento no custo de produção no Brasil também pode limitar quedas de preços, Geld disse também em São Paulo.



O custo de produção no Brasil é de cerca de US$ 1,55 por libra e o produto é vendido a cerca de US$ 1,90 na Europa, disse ele.



Produtores brasileiros vão colher o equivalente a 286 milhões de caixas, a menor quantidade desde 2003, em São Paulo, parte de Minas Gerais e Paraná este ano, Viacava disse no mês passado.



O Brasil produziu 281 milhões de caixas em 2003. Segundo a Cutrale, a colheita do ano que vem pode ser a maior desde 2007, quando o país produziu 358 milhões de caixas.



Os contratos futuros caíram pela primeira vez em quatro pregões em Nova York ontem, com a menor ameaça dos furacões à safra de cítricos da Flórida.



Um sistema de baixa pressão no Meio-Atlântico provavelmente não se transformará na primeira tempestade tropical desta temporada, disse o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos.



O Estado da Flórida é o maior produtor mundial de laranja depois do Brasil.

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