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Deputado se compromete a criar uma Frente Parlamentar de Defesa da Citricultura em S.Paulo.

23 de agosto | 2007

O deputado estadual Davi Zaia (PPS) se comprometeu a criar uma Frente Parlamentar de Defesa da Citricultura após ouvir dos conselheiros da Associtrus, Carlos Boteon, Oscar Muller e Marcos Rosolen, a atual situação porque passam os citricultores de S.Paulo. O vereador de Pirassununga Wallace Ananias de Freitas Bruno (PPS), que tem dado apoio às ações dos citricultores na região, também participou do encontro.
Na audiência, realizada no último dia 20, no escritório do deputado, em Campinas, os conselheiros fizeram um histórico do setor citrícola desde as geadas do início da década de 1980; falaram da atuação da Associtrus na defesa dos direitos dos citricultores; resumiram a Operação Fanta e a maneira como têm atuado as indústrias diante das investigações de cartel que correm na SDE e no Cade; e expuseram a situação dos municípios citrícolas e dos trabalhadores rurais. “Falamos da expulsão de milhares de produtores da atividade; do empobrecimento de todos aqueles que ficam do “lado de fora das indústrias”, ou seja, os próprios citricultores, os transportadores e colhedores; e da luta dos que ainda insistem com a laranja. Também falamos das intenções da Associtrus, que pretende dar mais transparência ao setor e distribuir suas riquezas de forma justa a partir da implementação do Consecitrus”, diz Marcos Rosolen.
Outro tema que foi muito discutido foi a mudança na Lei de Defesa da Concorrência e a estranha maneira como foi ela foi votada. “Colocaram a alteração em uma Medida Provisória que tratava de mudanças no Imposto de Renda, ao mesmo tempo em que uma Comissão Especial da Câmara dos Deputados estudava tais mudanças. Falamos da proposta feita pela Associtrus, que aliás foi bem recebida pelo Cade, de exigir a confissão de culpa em caso de acordo com formadores de cartel e de um período probatório longo, afim de que a prática de cartel seja de fato cessada”, destaca Rosolen.
A atuação da Faesp também foi destaque na audiência. “A Faesp intermediou as negociações com as indústrias se dizendo representante dos produtores na tentativa de estabelecer uma infundada “agenda positiva” no setor. O acordo que eles fecharam não está sendo cumprido e eles nada têm feito”, destaca Rosolen.
A atuação do Fundecitrus e o trabalho que a Associtrus tem realizado junto ao governo, em Brasília, também foram citados. “Infelizmente, tudo é feito em favor das indústrias. Queremos que o Fundecitrus trabalhe voltado mais para os interesses dos produtores, que são quem pagam e mantêm o órgão. Exigir mais transparência é apenas querer saber onde nosso dinheiro está sendo empregado”, observa Carlos Boteon. “O trabalho da Associtrus não objetiva levar as indústrias à falência. Nós queremos apenas o que é justo, ou seja, uma remuneração que cubra ao menos o custo de produção”, complementa Oscar Müller.
O deputado Davi Zaia pediu aos conselheiros que enviem a ele mais informações do setor para que ele possa trabalhar na instalação da Frente Parlamentar de Defesa da Citricultura. “Enviaremos imediatamente as informações solicitadas e, oportunamente, pediremos para que o deputado agende uma audiência entre a Associtrus e o governador José Serra para que possamos apresentar a ele as provas das denúncias que fizemos”, finaliza Marcos Rosolen.