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Em 10 minutos, temporal faz Taiúva perder ao menos 30% da safra de laranja
26 de julho | 2007
A chuva de granizo que atingiu Taiúva por minutos na tarde de anteontem (24) provocou a perda de pelo menos 30% da produção da laranja – cerca de 120 mil caixas – dos pomares pertencentes a dez propriedades rurais no entorno da cidade. Além disso, o temporal também derrubou árvores, muros, torres de alta tensão e até um bar.
Segundo o Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), além da chuva de granizo, contribuíram para os estragos rajadas de vento com velocidades que oscilaram entre 80 e 100 quilômetros por hora.
O granizo encobriu parte da estrada vicinal que dá acesso a Taiúva – a via precisou ser interditada por uma hora, de acordo com a prefeitura. Pás carregadeiras precisaram ser utilizadas para remover a camada de gelo que encobriu a pista.
De acordo com Elzio Uekano, 55, um dos produtores de laranja de Taiúva, o prejuízo em sua propriedade deve ultrapassar a casa dos R$ 150 mil. “Metade das laranjas caiu no chão, e muito pouco poderá ser aproveitado”. Segundo ele, as frutas que ficaram no pé precisam ser colhidas em três dias, senão apodrecem. “O problema é que a próxima safra, também fica comprometida, porque as árvores foram muito machucadas”, disse.
Cerca de 80 crianças da creche municipal ficaram sem aula ontem, pois o telhado do prédio também foi afetado. Funcionários da prefeitura passaram o dia todo recolhendo galhos de árvores das ruas e reparando danos. O trabalho deve continuar até amanhã.
O bar do empresário Gustavo Miranda, 28, ficou totalmente destruído. Segundo ele, a chegada da chuva surpreendeu. “Foram R$ 10 mil perdidos só em decoração. Agora, vamos ter que montar o bar em outro lugar da cidade”, afirmou.
Segundo o prefeito Leandro José Jesus Baptista (PP), a cidade não irá decretar situação de emergência. Ele afirmou que até o prédio da prefeitura foi destelhado.
“É a primeira vez que isso acontece na cidade. Os danos foram muitos, mas de pequena monta”.
O departamento de meteorologista do Cptec informou que a formação de granizo ocorreu por conta de nuvens formadas com ar frio, que provocam o congelamento da água da chuva.
Fonte: Folha de S. Paulo – 26 de julho de 2007