Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio, compilados pela Associação Brasileira dos Exportadores de Cítricos (Abecitrus), as exportações brasileiras de suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ) equivalente somaram 428.088 toneladas nos quatro primeiros meses da safra 2007/2008. O volume representa uma queda de 1,3% contra 433.851 toneladas exportadas entre julho e outubro da safra 2006/2007.
Já o volume de FCOJ equivalente exportado apenas em outubro, de 148.331 toneladas, foi 11,5% menor que as 167.739 toneladas comercializadas no mesmo período do ano passado. As exportações de FCOJ equivalente representam todos os embarques de suco de laranja concentrado e congelado, não congelado e outros não fermentados.
Apesar de representar apenas 0,54% do total exportado pelo Brasil, o Mercosul foi o mercado onde houve o maior aumento percentual de compra de suco. Entre julho e outubro, os países do bloco importaram 2.329 toneladas da bebida, aumento de 684,17% ante as 297 toneladas de igual período de 2006. A União Européia, com 268.654 toneladas importadas do Brasil nos quatro primeiros meses de 2007/2008, ainda segue como principal cliente da indústria brasileira, mesmo com a queda de 4,13% nas compras, contra igual período da safra passada.
Os países do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), principalmente os Estados Unidos, continuam aumentando as compras de suco brasileiro na atual safra. As exportações para aquele bloco econômico atingiram 79.118 toneladas entre julho e outubro deste ano, uma alta de 16,65% sobre as 67.824 toneladas de FCOJ equivalente, embarcadas no período anterior. As exportações para a Ásia aumentaram 17,5% se comparados os mesmos períodos, de 34.145 toneladas para 40.125 toneladas, enquanto as exportações para outros mercados caíram 26,25%.
Inverno preocupa Boatos sobre uma possível perda na safra da Flórida com a chegada de um inverno mais rígido levaram fundos e especuladores a comprar contratos futuros de suco de laranja na quarta-feira (22), na bolsa de Nova York. Fain Shaffer, presidente da Infinity Trading, disse à agência Bloomberg que o boato também levou indústrias de suco às compras, para garantir oferta em 2008.
Os frutos produzidos na Flórida estão amadurecendo mais lentamente neste ano, devido à falta de chuvas em meses anteriores e um inverno rigoroso pode trazer perdas à safra, segundo Shaffer. O contrato para março subiu 230 pontos e fechou cotado a US$ 1,3435 por libra-peso. No mercado interno, a caixa de 40,8 quilos de laranja vendida às indústrias foi cotada a R$ 11,89, segundo o indicador Cepea/Esalq. |