Fiscais do Ministério do Trabalho encontraram irregularidades na colheita da laranja em Guaraci, noroeste de São Paulo. A denúncia de irregularidades levou os fiscais do Ministério do Trabalho até uma fazenda com 20 mil pés de laranja no município de Guaraci. Cinqüenta trabalhadores rurais contratados por uma empreiteira não usavam nenhum equipamento de segurança, como luva, chapéu e botas. “Os trabalhadores estão com os braços riscados. Eles deveriam estar trabalhando de mangote, luvas, óculos, chapéu (ou boné árabe), botina. Estão totalmente desprotegidos”, detalha um fiscal. Desrespeito à lei também no transporte. Trabalhadores viajam num ônibus que não tem autorização para esse tipo de serviço, nem estrutura. Os vidros, que estão soltos, foram amarrados com arame. Parte do assoalho cedeu. As ferramentas próximas ao banco deveriam ser levadas num compartimento separado. Os catadores de laranja foram contratados por pessoas que trabalham num escritório em Cajobi, que estava fechado. As irregularidades vão desde a contratação até o pagamento dos trabalhadores rurais. “Eu não sei o que eles fizeram. Os trabalhadores recebiam em dinheiro, descontados R$ 25,00 por semana, que era o INSS de cada trabalhador, que tem de ser paga pelo empregador, e não pelo empregado”, afirma o coordenador do grupo de fiscalização rural, Roberto de Figueiredo. Os fiscais já identificaram três produtores que, por meio da empreiteira, contrataram os trabalhadores. Eles também serão responsabilizados pelas irregularidades Fonte: Globo Rural / G1