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Menor cotação do suco de laranja desde julho de 2006 em Nova York
19 de abril | 2007
Commodity agrícola com maior valorização no mercado internacional no biênio 2005-2006, o suco de laranja segue em rota descendente em Nova York. Os contratos futuros com vencimento em julho – que atualmente ocupam a segunda posição de entrega na bolsa, normalmente a que apresenta maior liquidez – fecharam o pregão de ontem a US$ 1,5980 por libra-peso, queda de 455 pontos em relação à véspera e menor valor desde julho de 2006.
Os tombos tornaram-se mais comuns em Nova York nas últimas semanas, causados por movimentos de vendas especulativas e de fundos de investimentos. Tais movimentos, muitas vezeites encarados como “técnicos”, sofrem, entretanto, a influência de uma relevante mudança nos chamados “fundamentos do mercado”, e podem ter continuidade.
É fato que perduram os problemas de oferta na Flórida, provocados por furacões em 2004 e 2005 e responsáveis pela disparada dos preços. Só que a alta superou 130% no biênio, levando consumidores de diversos países a optar pela substituição do produto por concorrentes como o suco de maçã – apesar deste também ter subido no mercado externo nos últimos anos.
Ademerval Garcia, presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Cítricos (Abecitrus), reconhece, como já informou o Valor, que as exportações brasileiras para a China estão aquém das expectativas por causa do preço elevado. E Michael McDougall, diretor da Fimat Futures em Nova York, ressaltou que o consumo doméstico nos EUA recuou 13% nas quatro semanas até o último dia 13 pelo mesmo motivo.
Cálculos do Valor Data mostram que, apesar de já registrarem queda de 12,07% neste ano – contas baseadas nos valores médios mensais dos papéis de segunda posição -, nos últimos 12 meses há alta de 21,42%. “O mercado demorou dois anos e meio para atingir o pico de alta e menos de cinco meses para cair ao nível atual. Novas mínimas poderão ser testadas”, disse McDougall.
Crédito – Valor Econômico