Roberto Rodrigues ameaça intervir no Consecana.

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, dedicou a segunda parte do Seminário Agroenergia – Novo Paradigma para a Agricultura Mundial, dia 14, em Piracicaba, ao trabalho das associações de classe. “O ministro foi claro ao frisar que o governo não irá admitir que, dentro de uma cadeia produtiva, alguns elos se beneficiem em detrimento de outros. Citando o caso da cana-de-açúcar, ele voltou a afirmar que o Governo poderá intervir no setor como forma de resolver o impasse entre usineiros e produtores paulistas na definição do índice Consecana, que estabelece o preço pago pela tonelada entregue nas indústrias. Esse posicionamento do Ministério impulsiona o trabalho das associações de classe e o citricultor pode ser beneficiado, já que enfrentamos situação semelhante”, diz o presidente da Associtrus, Flávio Viegas, também presidente da Câmara Setorial da Citricultura.

A postura arrogante da indústria frente aos problemas enfrentados pelo citricultor e a luta da Associtrus para que a imprensa e o governo fiquem atentos aos falsos argumentos do setor industrial podem favorecer a continuidade das discussões sobre a criação do Consecitrus. “Conversei com o coordenador das Câmaras Setoriais, Duarte Vilela, pra agilizarmos as discussões referentes à criação do Consecitrus. Vamos demonstrar para a opinião pública que não há nenhum impedimento formal – a indústria alegou parecer do Cade para não dar seqüência aos estudos – para que o Consecitrus se torne realidade. Vamos brigar pela continuidade dos estudos e a conseqüente elaboração desse contrato”, diz Flávio.
Os representantes de Câmaras Setoriais se reunirão no próximo dia 27, em Brasília.